Foto: Elói Corrêa/SECOM
Intervenção no sistema Ferry Boat
O diretor-executivo da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), Eduardo Pessôa, disse, nesta sexta-feira (21), segundo dia de intervenção do Estado no Sistema Ferry Boat, que “a situação é pior do que se esperava”, citando que todas as contas da empresa TWB, que explorava a travessia São Joaquim/Bom Despacho/São Joaquim, estão negativas e que somente de óleo diesel o débito chega a R$ 760 mil. “Estamos negociando as próximas entregas de combustível", observou.
De uma frota de oito embarcações, somente três ferries estão operando: Ivete Sangalo, Maria Bethânia e Juracy Magalhães. Três (Ipuaçu, Agenor Gordilho e Anna Nery) estão parados no Terminal de Bom Despacho, por falta de condições de navegação. Os outros dois, Rio Paraguaçu e Pinheiro, também por falta de condições de operação, estão parados no Terminal de São Joaquim.
Pessôa ressalta que a TWB fez com o ferry Ipuaçu o que se chama “canibalismo”, ou seja, retirar as peças da embarcação para colocar em outras: “A embarcação está depenada”, lamentou. Ele anunciou que três embarcações deverão ser docadas na Base Naval de Aratu na próxima semana, para reparos. As embarcações serão escolhidas por critério de prioridade. Nos ferries Pinheiro e Rio Paraguaçu serão realizados serviços nos motores e já está sendo providenciada a compra das peças.
O diretor-executivo da Agerba, que já tranquilizou os funcionários da ex-concessionária, afirmou que o pagamento da quinzena, que estava atrasado, deverá ser feito a partir desta segunda-feira (24). Ele voltou a pedir a compreensão dos usuários do ferry boat, porque “uma situação caótica como essa em que a TWB deixou a operação do sistema não pode ser resolvida em pouco tempo, mas o Governo assegura que vai garantir a prestação de um serviço melhor”.
Cerca de 20 funcionários da Agerba, coordenados pelo interventor Bruno Moraes Cruz, assumiram a administração do sistema desde quinta-feira passada (20), numa intervenção que, segundo o diretor-executivo da Agerba, deve durar cerca de 40 dias, quando deverá assumir, em caráter emergencial por seis meses, a empresa Internacional Marítima. Em seguida, o governo abrirá o processo de licitação para a escolha de um novo concessionário.
Mais dívidas
O vice-governador e secretário de Infraestrutura, Otto Alencar, já ressaltou que “o Governo da Bahia não tem nenhuma indenização astronômica a pagar à TWB. Se decretado a caducidade do contrato de concessão, haverá a cobrança, por parte do Estado, do que lhe é devido”.
Lembrou que “a TWB deve R$ 6 milhões de multas, R$ 560 mil de taxa de fiscalização, indenização pelo naufrágio da balsa “Bartira”, estimada em torno de R$ 1,5 milhão, além de receitas acessórias que estão sendo calculadas pela fiscalização da Agerba”.
Fonte:AGECOM
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