O Conselho de Administração da Desenbahia (CAD), reunido na terça-feira (4), decidiu construir uma nova sede para a Agência de Fomento, na Avenida Paralela, em terreno próximo à sede do Serpro e do Ministério Público Federal. A sede atual será mantida pelo Governo do Estado, para instalação de secretarias.
Em maio do ano passado, a Desenbahia publicou Aviso de Compra e a proposta vencedora foi da incorporadora Sertenge. A informação foi confirmada pelo presidente da agência, Aristóteles Alves de Menezes Júnior. Segundo ele, a decisão foi tomada com base em estudos realizados por uma Comissão Especial de Alienação.
O novo prédio vai situar-se nas proximidades do atual centro financeiro de Salvador, em local de fácil acesso e com infraestrutura urbana. A Sertenge prevê o início das obras para novembro deste ano. A nova sede vai custar cerca de R$ 37, 8 milhões, será construída na rua Ivone Silveira e terá três pavimentos de garagem e mais cinco pavimentos para administração, além de recepção, auditório e posto bancário.
Normas do Banco Central
A Desenbahia se viu obrigada a desocupar a atual sede que ocupa há dez anos, e onde funcionou por mais de 30 anos o extinto Desenbanco, na região do Iguatemi, porque vem sendo notificada pelo Banco Central cujas normas impedem que instituições financeiras aluguem ou cedam, a terceiros, parte da estrutura. Também pesou a desfavorável relação custo-benefício na manutenção da velha sede em comparação com a construção de uma nova sede, com equipamentos novos e dimensões adequadas ao tamanho da instituição.
Para seguir as normas do Banco Central, a Desenbahia requereu a desocupação das secretarias do Turismo e da Cultura. Assim, a instituição perdeu a renda dos aluguéis, acelerando o processo de sucateamento da Ala A, por falta de manutenção com o esvaziamento. Mantendo a posse do atual edifício, o Governo do Estado tem condições de aproveitar ao máximo as duas alas, viabilizando a manutenção.
Segundo o relatório da Comissão Especial de Alienação, além deste problema de ordem legal, de acordo com levantamento de custos feito pela área administrativa, seriam necessários mais de R$ 3 milhões para readequar a estrutura do velho edifício às necessidades atuais. Apenas com o sistema de ar condicionado, que é da década de 1970 e responde atualmente por cerca de 70% da conta de energia, seriam necessários R$ 2,5 milhões para torná-lo mais moderno e econômico. Com a manutenção dos sanitários coletivos seriam gastos R$ 250 mil, e com a fachada do prédio mais R$ 450 mil.
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