Zanetti confirma expectativas, é ouro e fatura 1º pódio olímpico da ginástica brasileira
Gustavo FranceschiniDo UOL, em Londres (Inglaterra)
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REUTERS/Dylan MartinezCom o ouro, Zanetti conquistou a primeira medalha brasileira da história da ginástica em Olimpíadas
E o triunfo veio da forma mais emocionante possível. Arthur foi o último a competir na North Greenwich Arena, sede da ginástica que recebeu bom público, mas não esteve lotada. Desde o começo, tinha a pressão de superar os 15,800 do chinês, atual campeão olímpico do aparelho e grande favorito à conquista. A final ainda tinha outros grandes competidores, que faziam notas altas atrás de notas altas. Ainda assim, o brasileiro levou o ouro, deixando a prata para o chinês e o bronze para o italiano Matteo Morandi (15,733).
Antes de Arthur, os brasileiros que haviam chegado mais perto do triunfo olímpico foram Daiane dos Santos e Diego Hypolito, que falharam quando eram favoritos no solo em 2004 e 2008, respectivamente. Agora, com o ouro nas argolas, o esporte chega a outro patamar no Brasil.
A medalha é o mais importante, mas não o primeiro grande feito da carreira de Arthur Zanetti. Paulista de São Bernardo, ele já havia conquistado a prata nas argolas no Mundial de ginástica do ano passado, quando perdeu justamente para Yibing Chen. Na época, ele já tinha o mérito de ter sido o primeiro brasileiro a conseguir um resultado desse nível nas argolas, considerado um dos aparelhos mais difíceis entre os homens e de pouca tradição no país.
A apresentação na final mostrou que na eliminatória o brasileiro não apresentou tudo que pôde. Arthur já havia feito 15,925 no início de junho e apostava em uma apresentação com grau de dificuldade maior para conseguir subir ao pódio. Nas eliminatórias, no entanto, foi conservador e avançou com 15,616, na quarta colocação.
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