domingo, 12 de agosto de 2012

Jaques Wagner versus Brasília

Artigo de Armando Avena ( Escritor,economista, diretor do portal Bahia Econômica e membro da Academia de Letras da Bahia)

" O governo Wagner teve três boas noticias esta semana, cada uma delas fruto de ação politica e de ênfase na atuação técnica.
Aliás, quando a equipe do governador deixa a ação politica a seu cargo e foca na ação técnica as coisas começam a melhorar. As noticias referem-se a Ferrovia Oeste-Leste, o Porto Sul e a JAC Motors.

Em relação á Ferrovia veio o anúncio por parte do presidente do Ibama da revalidação das licenças de instalação dos lotes de 1 a 4 (entre Ilhéus a Caetité) e da promessa de liberação dos demais lotes.

Em relação ao Porto Sul veio o anúncio, também feito pelo Ibama, de que no dia 30 de agosto será apresentado relatório técnico referente às audiências públicas, o que, após seminário a ser realizado, poderá resultar na concessão da licença definitiva.

O anúncio só saiu após pressão técnica e várias visitas ao Ibama de deputados baianos e do secretário da Casa Civil, Rui Costa.

Por fim,veio a aprovação pelo Senado da medida provisória que concederá crédito presumido de IPI para os carros de empresas importadoras que pretendem construir fábricas no Brasil, ação indispensável para viabilizar a vinda da JAC Motors.

Para que isso acontecesse, foi necessária a pressão explicita do governador e da empresa, que chegou a ameaçar suspender a construção da fábrica.
Pois é, Brasília só funciona assim, movida por pressão técnica, no âmbito do segundo escalão, e por pressão politica em relação ao primeiro escalão. Sendo esse cenário , para esse e outros projetos continuem andando, é preciso que os secretários envolvidos estejam em Brasília toda semana ou quase,checando em cada gabinete da burocracia seu andamento. Por outro lado, os senadores da Bahia precisam acompanhar o desenvolvimento desses mesmos projetos e contatar com frequência os gestores dos órgãos federais envolvidos.
Aliás, nesse sentido a atuação dos tres senadores da Bahia é pífia.

O fato é que Brasília só funciona puxada a corda e corda de duas pontas. Numa delas está a pressão politica, na outra a ênfase técnica, sem a qual a burocracia federal mantém os projetos engavetados.

publicado no jornal A TARDE

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