Ricardo Palmeira
A Tarde
Simplesmente 42 jogadores. Assim está o atual elenco do Bahia. Também pudera. A ousada política de contratações da diretoria tricolor começa agora a exibir o seu preço. Haja reforço. Só nas últimas duas semanas chegaram Marcelo Lomba, Jair, Diones, João Neto, Paulo Miranda, Ricardinho, Carlos Alberto...
E o caminhão de contratações não deve parar por aí.
Segundo o gestor de futebol Paulo Angioni, o Bahia trabalha, agora, para fechar com mais três nomes de peso: o meia ofensivo Morais e os atacantes Adriano e Fernandão. Com um inchaço no plantel mais do que evidente, a lista de dispensas já está sendo preparada. Há dois dias, o presidente Marcelo Guimarães Filho declarou que chegou a tentar repassar os atletas que não seriam aproveitados pelo Bahia nesta Série A. Como não conseguiu, o jeito vai ser rescindir os contratos da turma.
De acordo com o técnico René Simões, um elenco ideal deveria ter cerca de 28 jogadores.
Ou seja, no Bahia, o excedente está em torno de 14 atletas. A maioria será dispensada. E o nome deles não chega a ser segredo.
“A torcida tricolor sabe quem são”, disse o presidente Marcelo. Thiago, Nen, os colombianos Mosquera e Tressor Moreno além de Pedro Beda e Bruno Paulo encabeçam a lista. Estes dois últimos nem treinam mais com o time principal e estão compondo o grupo que vai participar do Brasileiro sub-23.
É neste time sub-23, aliás, que está a explicação de Angioni para a necessidade de tantos atletas. “Entendo que são 31 jogadores no elenco profissional.
Os outros, em sua maioria, são atletas da base engajados em um processo de profissionalização e que podem também ser utilizados no time treinado por Chiquinho de Assis”, comentou o dirigente.
Neste grupo, estariam até jogadores como Maranhão, que entrou no segundo tempo da partida contra o Flamengo e deu o passe para o gol de marcado por Jobson.
Elenco desigual - A posição mais inchada no elenco é a de meias-ofensivos. Com as chegadas de Nikão, Ricardinho e Carlos Alberto, agora são 11 jogadores para a mesma função. Isso sem contar o volante Diones, que também atua mais avançado.
Levando-se em consideração que um time de futebol atua geralmente com dois meias ofensivos, haveria um excesso de até seis jogadores na posição.
Isso porque seriam necessários, em um elenco básico, dois titulares e dois ou três reservas. No ataque, a situação é semelhante. Jóbson, Souza, Jones, Gabriel, Rafael e João Neto compõem o setor. Seria um número mais do que satisfatório se mais um ou dois atacantes não estivessem para ser contratados. De quebra, Zezinho, Lulinha, Nikão e Maranhão podem atuar na função.
A torcida continua exigindo reforços para a defesa, considerada como setor mais carente. Nada, porém, que encontre respaldo na direção. Segundo a assessoria de imprensa do clube, a comissão técnica não pediu atletas para o setor.
“Penso em até três reforços, contudo pode ser até mais” Angioni, condicionando a vinda de outros contratados à saída de atletas, como Pedro Beda e Bruno Paulo, citados pelo gestor de futebol do Bahia.
Três jogadores - São prioridade de contratação para o Bahia. Dois deles defenderam o clube no ano passado: Morais e Adriano. O terceiro é Fernandão, dispensado pelo São Paulo há um mês.
Quem são os 42 atletas do atual Esquadrão:
Goleiros - Marcelo Lomba, Omar, Jair, Tiago e George.
Laterais - Jancarlos, Marcos, Lucas, Ávine e Dodô.
Zagueiros - Titi, Thiego, Nen, Danny Morais, Diego Jussani e Paulo Miranda.
Volantes - Marcone, Fahel, Hélder, Diones, Lenine, Pablo e Mosquera.
Meias - Ricardinho, Carlos Alberto, Lulinha, Nikão, Zezinho, Camacho, Magno, Maurício, Maranhão, Tressor Moreno e Boquita.
Atacantes - Jobson, Souza, Jones, Gabriel, Rafael, João Neto, Bruno Paulo e Pedro Beda.
Equipe do Brasileiro sub-23 - George, Lenine, Pablo, Bruno Paulo e Pedro Beda (Estes atletas treinam separado, no time comandado pelo técnico Chiquinho de Assis).
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