segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

MINISTÉRIO DA DEFESA Assessoria de Comunicação Social
Resenha do Jornal:
BRASIL ECONÔMICO
14/2/2011



Resenha Diária produzida pela ASCOM/MD
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011





País pode se aproveitar da demanda global


Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica, há planos para mais de 160 novas usinas

Com o recente aumento do preço internacional do urânio, reacendeu- se no governo a discussão
sobre a necessidade de reavaliação das reservas para exportação, já que a demanda interna deverá crescer lentamente.
O Plano Decenal de Energia—que mapeia as necessidades energéticas — não prevê a construção de nenhum reator até 2019, fora Angra III. Daí em diante, o objetivo são quatro novos reatores, até 2030.

Assim, o mercado externo parece mais favorável no primeiro momento. No mundo, existem 439


usinas nucleares, segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Em 2008, a China tinha planos para construir 78 reatores.
A Rússia planejava a construção de 25; a África do Sul, de 24; a Índia, de 15; e, os Estados Unidos de 20.


O professor Aquilino Senra Martinez, da Coppe UFRJ, diz que o Brasil tem recursos hídricos para
gerar energia mais barata que a da matriz nuclear. O mesmo não ocorre com a França, por exemplo. Lá, 80% do abastecimento é via urânio.

Ainda assim, ele lembra que se o Brasil quiser exportar terá que acelerar a exploração.


“Precisaríamos de maior investimento, mas essa decisão só pode ser tomada depois que o país definir o quanto de urânio vamos precisar no futuro”.


O Brasil tem reservas comprovadas de 300 mil toneladas e especula- se que haja mais 800 mil
em solo nacional.
 Considerando um preço médio de US$ 100 mil por tonelada em2010, as reservas totais estão estimadas em cerca de US$ 110 bilhões.


Ligada ao Ministério de Minas e Energia, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) está

preocupada como aumento dos preços e vê boas oportunidades para o Brasil como fornecedor mundial.


No Plano Nacional de Energia de 2030, ela lembra que o país tema técnica de enriquecimento e pode, além de aproveitá - la internamente, “ter um papel importante no cenário mundial no fornecimento de combustível nuclear”.
O documento prevê que os estoques com custo de exploração abaixo de US$ 40 por quilo serão


suficientes para suprir, no máximo, 58%da necessida de mundial em 2020.
 Se os estoques tiverem custo até US$ 80 por quilo, o fornecimento ficará em até 85%.

A Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) informou que a Presidência devolveu ao ministro da
pasta, Moreira Franco, um pedido feito pela gestão anterior para que se avaliasse a viabilidade do
enriquecimento de urânio para consumo interno e possível venda.
 Mas um técnico do governo é cético:
“A política recente é nitidamente contra a exportação. Seria muito bom que se pudesse exportar alguma coisa para dar mais porte e dimensão ao nosso programa”.
J.R.





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