Análise Congresso em Foco e Agência
Pública Modelo de teto de gasto da PEC 241 não existe em outro país, diz estudo
do FMI
Cármen Lúcia
trata Renan como ‘senadorzeco’
Josias de Souza
25/10/2016 16:28 119
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Tido como um político calculista, Renan Calheiros passou a viver perigosamente. Enrolado em oito inquéritos da Lava Jato, o senador forneceu a colegas que também enfrentam apuros penais um serviço de desmonte de grampos e escutas ambientais. Fez isso deformando o papel da Polícia do Senado. E espetou a conta no bolso do contribuinte. Apanhado em suas exorbitâncias, Renan resolveu dar aula de democracia aos estúpidos.
Ensinou que “a submissão ao modelo democrático não
implica em comportamentos passivos diante de excessos cometidos por outros
poderes.” Numa apoteose do ilógico político que caracteriza a inconsequência
reinante no Congresso, Renan explicou: “um juizeco de primeira instância não pode, a qualquer
momento, atentar contra um poder.” Um “chefete de polícia” travestido de
ministro da Justiça não deve prestigiar uma Polícia Federal que cumpre ordem
judicial que desconsidera a invulnerabilidade do Senado.
Todos estranharam o comportamento de Renan. Até os
seus amigos mais próximos acham que ele perdeu a bússola que o fazia antecipar
racionalmente os resultados de suas ações. Perdido, o mandarim do Congresso
exercitou o seu direito de escolher o próprio caminho para o inferno. Com
atraso, Renan descobriu que houve uma troca de guarda no Supremo Tribunal
Federal.
A presidência da Suprema Corte já não é exercida
por Ricardo Lewandowski, que manteve por três anos na gaveta uma denúncia em
que Renan é acusado de bancar as despesas de uma filha que teve fora do
casamento com dinheiro da Mendes Júnior. Quem preside o Supremo agora é Cármen
Lúcia, que definirá nos próximos dias a data de julgamento da denúncia longeva.
Como que decidida a informar a Renan que o Brasil
pode estar mudando, a nova presidente do Supremo tratou Renan como um ‘senadorzeco’ qualquer. Sem mencionar-lhe o nome, ministrou ao
senador uma aula de bons modos. Esinou que a Constituição anota que os poderes
da República são independentes, mas também harmônicos.
“Numa democracia, o juiz é essencial, como são
essenciais os membros de todos os outros poderes, que nós respeitamos. Queremos
também, queremos não, exigimos o mesmo e igual respeito para que a gente tenha
democracia fundada nos princípios constitucionais.''
Cármen Lúcia acrescentou: ''Somos todos igualmente
juízes brasileiros querendo cumprir nossas funções. Espero que isso seja de
compreensão geral (…) O mesmo respeito que nós, Poder Judiciário, dedicamos a todos
os órgãos da República, afinal somos, sim, independentes e estamos buscando a
harmonia em benefício do cidadão brasileiro. Espero que isso não seja esquecido
por ninguém, porque nós juízes não temos nos esquecido disso.''
Sem querer, Cármen Lúcia deu aula
também a Michel Temer, cujo ministro foi chamado de “chefete de polícia”. Em
situações assim, não há meio-termo: ou o presidente coloca seu ministro no olho
da rua ou responde ao detrator à altura. Sob a alegação de que precisa manter a
governabilidade, Temer virou uma espécie de sub-Cármen.
por Samuel
Celestino
Foto: Divulgação
Oito meses depois de iniciada a tentativa de
delação premiada do grupo Odebrecht, afinal chega-se a uma conclusão, embora
sem se saber ao certo até que ponto e como terminará o processo envolvendo em
torno de 50 executivos, além de Marcelo Odebrecht e provavelmente o patriarca,
Emilio Odebrecht. Tudo indica que foi Emílio que se colocou à frente na tentativa
de resolver a questão, o que de fato aconteceu nesta terça-feira (25).
Presume-se que os depoimentos serão longos e levará tempo até que se chegue a
um consenso do que ocorreu durante o período em que a empreiteira despejou
propinas a rodo. Essa será a fase esperada pela força-tarefa da Lava Jato,
porque a partir daí ficarão abertos os caminhos para se chegar ao setor
político, que segundo a própria empreiteira teriam participado em torno de 300
deles, beneficiários que foram através do seu departamento de propinas. A
expectativa estava prevista para este final de outubro, mas haverá ainda uma
grande demora que poderá significar alguns meses até que se chegue a abertura
dos fatos e como eles aconteceram em detalhes. A partir da delação dos executivos
da Odebrecht, com depoimentos que ocorrerão, inclusive aqui em Salvador, abrirá
um leque informativo para que a força-tarefa da Lava Jato possa avançar em
seguimentos que até aqui não ainda estão pendentes, dentre os quais o dos
políticos. É possível que, a partir daí, haja uma transformação em regra,
mudando-se o cenário do país e colocando a nu tudo o que aconteceu na República
até então. Assim e como se vê, esta nova fase da Lava Jato será de importância
maior para que se tenha uma nova imagem dos acontecimentos ocorridos nos
últimos 15 anos.
Bahianoticias
Ministros decidem se Renan
perderá presidência do Senado ao virar réu
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Notícias
Ao Minuto3 horas atrás
A Corte do Supremo Tribunal Federal terá de decidir se um réu pode
ocupar cargos situados na linha de sucessão da Presidência da República. A
audiência marcada pela ministra Cármen Lúcia deve acontecer no dia 3 de
novembro. As informações são do Blog do Josias, no UOL.
Renan Calheiros, como presidente do Senado, é a terceira autoridade
na rota sucessória de Michel Temer. O segundo é Rodrigo Maia, como presidente
da Câmara.
O STF afastou Eduardo Cunha da presidência da
Câmara justamente por ser réu da Lava Jato. Agora, os ministros terão de
decidir se as mesmas razões que afastaram Cunha da Câmara valerão para o
presidente do Senado.
Emenda à Constituição
Câmara rejeita destaques e redação final da PEC do teto segue
para o Senado
- Dos 513 Deputados Federais votaram 359 favoráveis, 116
contrários e 02 abstenções e os outros 36?
- Opinião : Sem reforma da
previdência, PEC 241 cria um teto de vidro.
Atrás de jurisprudência
DEM busca meios para tentar reeleger Maria presidente da
Câmara.
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