O atraso na operação de usinas eólicas na Bahia, porque o governo federal ainda não instalou linhas de transmissão para levar a energia produzida ao consumidor está impedindo a produção de 289 MW.
O assunto foi tema de reportagem do jornal folha de São Paulo neste domingo, que afirma que se a a energia dos parques da Bahia e do Rio Grande do Norte estivessem em operação seria possível iluminar toda a cidade de Salvador.
Por causa da paralisação, desde julho o governo federal é obrigado a repassar R$ 33,6 milhões para compensar o prejuízo das empresas que colocaram R$ 1,2 bilhão no maior complexo eólico da América Latina, na região de Caetité.
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) estima que o ônus da ociosidade para a população alcançará os R$ 440 milhões até setembro, quando os parques devem, enfim, conseguir operar.
A responsabilidade pelas linhas de transmissão, para conectar as eólicas ao sistema nacional, é da estatal Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco), do grupo Eletrobras.
Uma das críticas ao governo federal é que, nos leilões a partir de 2009, vencidos pela Chesf, o Ministério de Minas e Energia subestimou o custo da construção das linhas de transmissão em locais de difícil acesso.
Chesf explica os atrasos por conta do licenciamento ambiental e do patrimônio histórico (os trajetos das linhas cruzam sítios arqueológicos), mas a empresa só entrou com o pedido de licenciamento em Caetité poucos meses da entrega dos parques.
BahiaEconomica
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