Estive em Xangai em 2005 e fiquei impressionado com a capacidade de investimento do gigante chinês. Já então a China ostentava uma das maiores taxas de investimento em relação ao PIB do mundo e por esse motivo há mais de uma década cresce na faixa de 10% ao ano.
Um gigante como esse, o segundo maior PIB do mundo e com enorme capacidade de investimento, não pode ser desprezado, por isso, a viagem do governador à China foi um bom começo de ano.
A Bahia já é o principal locus de investimentos chineses e a China o nosso maior parceiro comercial, por isso, a visita do governador deve estimular a vinda de novas empresas. Em termos de investimentos, os chineses são muito mais rápidos na tomada de decisão do que, por exemplo, os japoneses, mas precisam ter certeza do interesse dos governantes em seus projetos.
A viagem do governador já estaria justificada apenas com os investimentos, praticamente garantidos, da PetroChina e da Foton Mottors, mas outros contatos, embora iniciais, podem resultar em empreendimentos futuros.
A China descobriu que não pode viver apenas de exportações, que o capitalismo moderno finca raízes em várias partes do mundo e o Brasil é uma das mais promissoras. Por isso, mesmo com caráter prospectivo, as reuniões do governador com a Beiqi, uma empresa automobilística sediada em Pequim, com uma empresa petroquímica e de placas de energia solar foram importantes, afinal, esses são os setores de vias de expansão internacional.
Mas a equipe do governador tem de continuar esse esforço de atração buscando agilizar as promessas de investimentos, afinal, algumas empresas que anunciaram suas fábricas já há algum tempo, como é o caso da Chongqing, que está investindo em uma processadora de soja na região de Barreiras, precisam agilizar seus cronogramas.
De todo modo, a viagem realizada pelo governador teve foco, investiu nos setores adequados e abriu estradas por onde podem passar novos investimentos futuros.
Armando Avena
Publicado em BahiaEconomica
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