sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

PRESIDENTE DA FIEB COMENTA CRESCIMENTO DE 3% DO PIB BAIANO

O presidente da FIEB, José Mascarenhas, apresentou na manhã desta sexta-feira (04) na sede da entidade, uma breve retomada do cenário econômico e industrial do Brasil e na Bahia, bem como as perspectivas para o setor e demais segmentos da indústria para 2013.

Segundo Mascarenhas, com os baixos níveis de investimento, que caíram 28% no ano passado, os empresários não estão confiantes no futuro da economia brasileira. Contudo, segundo dados da SEI (Superintendência de Estudos Sociais e Econômicos), a Bahia deve encerrar o ano com crescimento acima do PIB nacional (0,9%), em 3,0%, puxado principalmente pelos setores de comércio, serviços e construção.

Em comparação com a produção física da indústria de transformação brasileira, que caiu 2,9% nos primeiros 10 meses de 2012 em relação ao mesmo período de 2011, a indústria de transformação baiana deve avançar 2,3% em 2012, influenciada pela base deprimida do ano anterior, provocada pelo “apagão” ocorrido em fevereiro de 2011, que afetou a produção do Polo de Camaçari.

“O Brasil está em 44º lugar no ranking de competitividade industrial, segundo a pesquisa da World Economic Forum, o que é pouco competitivo se comparado com o potencial econômico do país”, afirmou Mascarenhas. O levantamento se baseia em 12 pilares para medir a competitividade da economia, dentre os destaques o país ocupa a 9ª posição em Tamanho de Mercado, mas tem seu pior desempenho no quesito Eficiência de Mercado (bens e serviços) ficando em 104º lugar do ranking.

“Estamos deficientes para uma economia moderna e a conseqüência é que o Brasil vem perdendo substância na indústria de transformação. A participação da indústria de transformação no PIB nacional vem caindo seqüencialmente”, apontou. “O principal fator para o baixo crescimento do PIB vem da agropecuária com -1,6%, atacada por questões de seca e baixa nas exportações dos países mais industrializados, lembrando que a área onde o país é mais competitivo é exatamente na agroindústria”, acrescentou.

Mascarenhas ressaltou que apesar dos esforços da presidente Dilma Rousseff quanto aos estímulos na economia, como a desoneração dos fatores de produção, no sentido de tentar melhorar a competitividade brasileira, além da redução de juros e políticas fiscais expansionistas, na tentativa de elevar o consumo, o crescimento da indústria deve encerrar o ano com queda de 0,6%.
Publicação:BahiaEconomica

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