domingo, 20 de maio de 2012

Zonas Portuárias (II)

Comentei sobre a revitalização e modernização da zona portuária de Buenos Aires e a partir deste comentário vou focar sobre Rio de Janeiro, Santos, Salvador e Ilhéus, tentando mostrar parâmetros para os cuidados que estão sendo realizados e que precisam ser acordados para empreendimentos de tal monta.

Uma cidade não pode pensar em desenvolvimento, progresso e crescimento, sem antes aproveitar o que já possui e partir para melhorias, modernização e enfim uma global revitalização com o espirito de preservar o antigo ou passado, melhorando o presente e buscando um futuro que demonstre a mente inovadora e criadora dos habitantes de uma época.

O Rio de Janeiro precisava de uma reurbanização de sua zona portuária abandonada, degredada, de fazer medo em determinadas ocasiões e de estudos bem elaborados se chegou ao Plano de Recuperação e Revitalização da Região portuária - Porto do Rio.

Seu cais compreende as orlas marítimas do Centro e dos bairros da Gamboa, Saúde, Caju e outros com mais de 6.700 metros de cais continuo e pier com 883 metros de perímetro e distribuídos como a seguir:
Cais do Mauá, com 35.000m2, da Gamboa com 60.000m2,e outros, com áreas cobertas, descobertas, muitos armazéns, pátios, enfim um dos maiores portos do país.

E como estava sua área urbana? O que fazer para beneficiar a cidade e o povo? Como obter recursos para obra de tão grande vulto ( o total da área que teriam a abrangência das obras era em torno de 5 milhões de metros quadrados, dos quais 1.000 milhão de m2 era de reurbanização)?
O meio mais racional seria a venda de títulos mobiliários para custear as obras e a aprovação por parte do legislativo o que durou em torno de dez anos.

Então dentre as intervenções a Praça Mauá seria reurbanizada e para tanto uma das modificações a transferencia dos terminais de ônibus intermunicipais para outra área e algumas das muitas medidas seriam:
01-Através de licitação da Prefeitura uma empresa seria escolhida para explorar por 35 anos um estacionamento subterrâneo com capacidade para 1.200 vagas; seria contemplado com um módulo de apoio aos ciclistas a ser construído na garagem, com 20 vestiários, sendo dez para cada sexo, com disponibilidade de chuveiros e todas as demais instalações sanitárias e guarda-volumes e a questão de segurança foi analisada ficando a cargo da guarda municipal que teria sua dependência localizada no pavimento terreo.

Também foi prevista a instalação do sistema VLT ligando a zona portuária ao Centro e a Santa Tereza.

Dentre as melhorias na Infraestrutura, as atuais rampas de subida e descida do Elevado Perimetral Av.Rodrigues Alves seriam demolidas e seriam  criado um novo acesso de veiculo a Av.Rodrigues Alves, receberia tratamento acústico e estético o Viaduto da Perimetral com possibilidade de implantação do uso de Energia Solar.

Tomei conhecimento através da Canal  de TV - Fechada, da demolição( pardieiros sem condições de recuperação) e construção de edificações na área, de reconstrução de outros prédios com recursos privados e é sabido que a Caixa Econômica vai financiar alguns bilhões no projeto na restruturação dos imóveis da região com intuito de gerar moradias além de preservar as já existentes com melhorias e beneficiamentos para uma boa habitabilidade.

Recentemente foi apresentado para fazer parte do projeto Porto Maravilha, um pavilhão de arrojadas linhas futurísticas assinado por Santiago Calatrave orçado em R$215 milhões e bancado com a venda dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPACS), títulos mobiliários da Prefeitura que permitem a construção de imóveis acima do limite de cinco (5) andares estipulados em lei, desde que o empreendimento compre a autorização de um gabarito mais elevado desde que considerado como limite 10 andares.
Nessa edificação de estrutura de aço que vai parecer com uma aeronave em movimento com suas asas, ficará no portão de entrada de turistas de cruzeiros que aportam no porto do Rio de Janeiro e terá a destinação para funcionar como o Museu do Amanhã e sua visão terá a força geológica desafiadora e que vai mexer com a imaginação das pessoas que apoiarão a contemporaneidade de seus traços.

E lá ao que foi noticiado não houve mandados de nenhum dos órgãos controladores e fiscalizadores, pois acima de tudo a mentalidade dos de lá é pelo progresso e desenvolvimento.

Exemplos de revitalização de áreas urbanas em zonas portuárias vem sendo dado por vários países da América Latina e louve-se a beleza do que foi feito no Peru.

Voltarei em breve...

Nenhum comentário: