sábado, 16 de agosto de 2008

Precisamos mudar esse Brasil - parte II

Precisamos mudar esse Brasil
parte II



Há alguns anos atrás constavam do Currículo escolar disciplinas que foram excluídas sem uma explicação prática justificável, como Organização Moral e Cívica e Educação Física.
Em um país que apresenta dados alarmantes da falta de alfabetização e conhecimentos sobre a Soberania e Cidadania, onde grande parte da população vive sem condições de boa habitabilidade, saneamento, saúde e educação é necessário que os senhores técnicos no assunto priorizem estudos e a implementação imediata visando transformar a educação tendo como patamar principal o desenvolvimento físico e cultural em todas suas implicações para elevar o nível comportamental do cidadão aumentando inclusive o sentimento de patriotismo.
O sistema educativo deve ser a mola mestra para acompanhar o crescimento físico e mental nos diferentes contextos culturais e sociais transformando as gerações futuras em cidadões fortes de corpo e mente e profissionalmente aptos a enfrentarem as necessidades do saber de um mundo globalizado.
É sabido da baixa freqüência dos alunos nas escolas públicas, é sabido da falta de motivação de professores e alunos levando em conta uma série de fatores do conhecimento de todos que no espaço deste comentário achamos mais útil formatar um apelo aos legisladores, aos governos em todas as esferas, a elite patronal desse país, para que possamos em curto prazo mudar essa realidade que alguns teimam em não enxergar.
As mudanças necessárias serão um marco histórico na salvaguarda dos direitos constitucionais de crianças e adolescentes pobres e dará como retorno pessoas qualificadas para o mundo do trabalho, funcionando como um antídoto ante drogas e, sobretudo formando cidadões que representarão à espinha dorsal do progresso futuro, dotando essa nação de condições de ser festejado mundo afora.
Segundo dados oficiais apenas 15% das escolas municipais brasileira possuem espaços adequados para a prática de esportes.
Urge que as escolas brasileiras tenham a infra-estrutura esportiva para que haja a massificação do esporte no país e que a prática do esporte não seja unicamente um momento de lazer e sim um transformador de conceitos de vida, com a formação de atletas, de profissionais de vários segmentos do trabalho e o laboratório para formação de pessoas com qualidade de tocar a vida de forma útil a família, a sociedade e ao Brasil..
As mudanças pensadas seriam inicialmente a obrigatoriedades da educação física e esportiva, o aprendizado de Organização Moral e Cívica, informática, e matérias necessárias à futura escolha da carreira profissional de cada qual, tudo isso atrelado ao aprendizado prático profissionalizante abrangendo vários segmentos do trabalho a partir do 2º grau.
O assunto é muito complexo e por isso estou dando rápidas pinceladas em busca de erradicar o analfabetismo e transformar as escolas em celeiro de talentos para os esportes, principalmente os individuais e para tanto a carga horária seria aumentada para dois turnos, com direito as refeições, independente das aplicações de recursos na construção de espaços esportivos e nos municípios com população acima de 100 habitantes a construção de Ginásios Polesportivos com quadra de tamanho oficial, construção de pistas de atletismo e Parques aquáticos com piscinas Olímpicas.

Quanto aos recursos complementares para esse grande empreendimento de retorno a médio e longo prazo, poderia ser redimensionada a distribuição da distribuição dos
valores arrecadados nas diversas loterias bancadas pelo governo e aplicados recursos a fundo perdido.
Hoje 15/08/08 na relação de medalhas das Olimpíadas de Pequim o Brasil está em 43º lugar com quatro medalhas de bronze o que é insignificante em considerando os investimentos realizados nas várias modalidades esportivas.
Quando o Brasil participa em competições na América do Sul, apresenta índices que nos leva a crer que estamos evoluindo, mas quando comparamos com os resultados obtidos pelos europeus e alguns paises asiáticos e até africanos no atletismo caímos na real de quanto precisamos trabalhar para que tenhamos as condições de competitividade.
Poderíamos adotar um sistema misto com o governo cuidando através das escolas públicas inclusive as universidades das pessoas de baixo e médio poder aquisitivo e as empresas privadas patrocinando esportes mais caros como ginástica olímpica, tênis, natação, equitação, vela e outros.
Aliás, uma figura de destaque na política brasileira assim se expressou: ”Não há como se ter uma boa escola se as crianças e adolescentes não tem quadras, piscinas, áreas para atletismo, ginástica artística e balé”.
É possível também copiar o que é bom dos outros paises, por exemplo, adotando por exemplo a experiência de Cuba, que se dá ao luxo de apresentar os seguintes dados no último PAN do Rio de Janeiro, com as seguintes medalhas de ouro em relação aos habitantes de cada país:
Brasil 54 ouros em torno de 190 milhões, com 1 medalha para cada 3,30 milhões de habitantes;
Cuba 59 ouros em torno de 11 milhões, com 1 medalha para cada 195 mil habitantes;
EEUU 97 ouros em torno de 286 milhões, com 1 medalha para cada 3,10 milhões de habitantes;

A forma vencedora de CUBA é bem simples: subsidio estatal, investimento em educação, capacitação profissional, valorização das universidades e atenção às categorias de base.

O Presidente do Brasil mostrou interesse que o país se candidatasse a patrocinar uma Olimpíada e é até possível que financeiramente venha a ter condições; entretanto acho que em observância a uma projeção futura com base nos atuais parâmetros não teríamos atletas que pudessem representar bem o país, pois precisamos criar as condições para que as gerações futuras tenham condições de competitividade, pois é muito bonito se dizer que o importante é competir, quando em verdade quando o time é bom é a motivação que leva os grandes públicos aos estádios ou a assistirem através os meios modernos de comunicação,pois no fundo bom é ganhar embora seja digno saber perder.
Nos tempos atuais ainda há atletas de várias modalidades que não tem a vontade de representar e defender as cores do Brasil e isso precisamos mudar.

Aguarde Parte III(Final)

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