terça-feira, 5 de agosto de 2008

Vamos discutir Ilhéus?

Vamos discutir Ilhéus?
(matéria postada em r2cpress, que reedito)

Todos nós sabemos que Ilhéus necessita lutar pelo seu crescimento, engrandecimento e pujança e para tanto todos nós temos que imaginar um município que marcha para seus 500 anos de existência, não pode viver de historias passadas e sim começar a elaborar estudos e projetos que lhe conduzam a condição de uma cidade amada, invejada e desejável.

Ilhéus é sem sombras de dúvidas onde Deus colocou o dedo quando criou o mundo, dotando-a de belezas naturais que efetivamente precisam ser cuidadas e preservadas; precisando também tomar um banho de progresso, civilização e modernismo.

Aos senhores defensores do meio ambiente, estamos a favor da preservação da Lagoa Encantada, da Mata Atlântica,do Parque estadual do Conduru, APA ´s da Lagoa Encantada e Serra Grande-Itacaré.

Também estamos a favor do Complexo Intermodal – Porto Sul, do Novo Aeroporto, pois entendo que a partir dos meados de 80 a monocultura do Cacau sofreu rude golpe, com a dupla inimiga “Vassoura de Bruxa” e queda nos preços internacionais do Cacau, o que nos levou apesar de todo empenho de alguns, a estagnação, a parada no relógio do tempo e de baluarte da arrecadação estadual, ficamos na contramão da história assistindo a novos municípios se destacarem e ficamos para atrás.

Pelas razões expostas, volto a perguntar: Vamos discutir Ilhéus?

Vamos falar de Aeroporto, Comércio, Sistema Viário, Turismo e o que venha a ocorrer.

Todas as ações para serem bem sucedidas requerem inicialmente o planejamento do que se pretende realizar, posteriormente ocorrem os estudos da viabilidade dos projetos, a elaboração das metas, os estudos financeiros dos empreendimentos, a possibilidade de contratações de financiamentos com órgãos do governo (Federal, Estadual e Municipal), integração e participação de organizações privadas nacionais e internacionais, estudos de preservação do meio ambiente, o custo beneficio dos empreendimentos o envolvimento da sociedade para dirimir dúvidas e a conseqüente decisão, a preparação dos editais e/ou cartas convites para a consumação e definição dos projetos finais e a concorrência propriamente dita para a concretização dos planos..

É evidente que tantos quesitos que determinam os parâmetros para a consumação dos empreendimentos demandam em tempo e poeticamente lembramos que o tempo corre célere e que o desperdício de 1 segundo poderá representar a perda de uma realização até a eternidade

O primeiro item a ser trabalhado será o Turismo.

Os outros itens que gostaria de discutir Ilhéus, seriam: Administração pública e privada (envolvendo, as questões de limpeza, transportes, iluminação pública, pavimentação dos logradouros públicos, segurança, serviços tais como concessionárias de automóveis, redes de farmácias, supermercados, shopping Center, lazer, serviços de hotelaria, restaurantes, bares e lanchonetes, mirantes e belvederes, cinemas,teatros, esportes, cultura, educação, etc. etc, etc).
Futura utilização do Porto do Malhado, futura utilização do aeroporto Jorge Amado, requalificação, benfeitorias, modernização e ampliação do Mário Pessoa e/ou sua negociação para a construção de uma Arena Esportiva e utilização em eventos de porte, inclusive com um Shopping Center digno de uma cidade a beira dos 500 anos que é Ilhéus, construção das vias do novo sistema viário de Ilhéus, duplicação da rodovia. Ilhéus/Itabuna, construção de uma nova ponte,para desafogar a Lomanto Junior e tantas outras obras que esta cidade necessita para seu engrandecimento e boas condições de habitabilidade
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Turismo
Não sou especialista em turismo, mais sei ler e não sou burro.

Assim na visão de um turista que já fui algumas vezes conhecendo outras cidades, outras culturas, outros costumes, coloco como fatores fundamentais e necessários para se trabalhar com essa indústria sem chaminés, os seguintes parâmetros para a satisfação dos visitantes.

Logradouros públicos bem cuidados, museus, igrejas abertas ao público, bons serviços de transportes, segurança, lazer, cidade e praias limpas, bem iluminadas, serviços de restaurantes, lanchonetes e bares de bom nível, serviços de saúde com clinicas e hospitais devidamente aparelhados para qualquer tipo de intervenções funcionando diuturnamente, concessionárias de qualquer tipo de veiculo para atendimentos aos nativos e visitantes, bons estabelecimentos comerciais, inclusive Shopping Center, lazer com parques de diversões modernos e seguros em funcionamento em periodicidade anual, parques ecológicos bem tratados e possíveis de visitação, zoológico, boates, danceteria, e belvederes e mirante nos elevados desta maravilhosa cidade que de há muito precisa ser tratada com mais amor e respeito.

E além de tudo isso, praças de esportes, serviços de navegabilidade nos rios próximo ao circuito do comercio central e um novo e necessário sistema viário a ser implantado.

É evidente que a turma que acha que por ter belas praias, belas matas, já está a nível de ter a seqüência de visitações turísticas em condições de se transformar em fonte de arrecadação para a sustentação do município. Não vou questionar.

Entretanto, os turistas (principalmente as mulheres) que freqüentam as praias pela manhã pegando um bronze, vão desfilar seus corpos bronzeados a noite em qual Shopping Centers? Em quais boates e restaurantes? Em quais praças?
Como estamos de hotelaria (pousadas e hotéis)?
Qual o tempo de permanência homem/hora no turismo de Ilhéus?
Qual a taxa de ocupação media anual dos leitos de pousadas e hotéis em Ilhéus?
Qual a iniciativa dos homens do turismo desta cidade para o aproveitamento do belo morro de Pernambuco, como um ponto obrigatório de visitação dos visitantes e quais as benfeitorias realizadas sem agressões a natureza, para que fosse digno de receber visitantes?

É sabido que aporta em nosso porto do Malhado, cerca de 40 transatlânticos de luxo por ano, com uma média de 3.300 turistas, o que totaliza cerca de 132 mil visitantes, que por desfrutarem da comodidade e da excelente alimentação servida (5 por dia) não usam nossas casas do ramo, as quais ficam em verdade a ver navios no que concerne a sua receita financeira.
Assim, voltando a minha afirmação inicial sou desprovido de conhecimentos em turismo para apresentar soluções. Entretanto por saber ler, e faze-lo com uma enorme freqüência tenho como habitante desta cidade que quer o melhor para a sua comunidade, que os homens do turismo entrem na proposição: Vamos discutir Ilhéus?

Existe dado estatísticos sobre a visitação de turistas na área da Lagoa Encantada?

A titulo de exemplo o Rio de Janeiro recebe anualmente em torno de 3 milhões de turistas.

Em Goiânia foi construído um Parque/Jardim, em convênio com o Ministério do Esporte, com a aplicação de alguns milhões de reais, dotado de quadras de esportes, anfiteatro, parques de diversões, etc. ete, etc.e efetivamente isso é uma atração turística.

Uma pergunta a você que acabou de fazer a leitura acima: Ilhéus está de fato preparada para ser um Mega município voltado para o turismo?

Como explicar um município com a extensão da costa marítima como Ilhéus, não dispor de uma marina, para atrair turistas nacionais e internacionais de boa condição financeira?

Como explicar aos nativos e turistas a existência dos armazéns da Codeba no antigo porto, hoje privativo de marginais, roedores, viciados, e tudo que prejudica o meio ambiente e o espírito do cidadão que ama sua cidade?

Quais as ações dos homens públicos de todos os partidos, da imprensa e do povo em geral para a solução dos problemas sabidamente conhecidos da população?

O poder municipal a exemplo do governo do Estado da Bahia, poderia tornar público um Aviso de Manifestação de Interesses, para reconstruir uma parte da cidade que urge por atitudes pró-ativas em busca de seu crescimento, sem ferir protocolos, nem agredir o antigo que deverá ser preservado na medida em que não atrapalhe o progresso.

O Governo, as entidades empresarias as organizações defensoras do meio ambiente, o Ibama, e demais órgãos e o povo de uma forma geral poderiam manifestar opiniões para através de contratos internacionais de financiamentos, convênios com órgãos governamentais, contratos com empresários em licitações até internacional, buscar transformar de fato esta cidade que além de turística se comportasse com critérios objetivamente fundamentados na busca de uma vida melhor, quer profissionalmente, quer socialmente, quer desenvolvimentista.

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