terça-feira, 9 de dezembro de 2008

O provérbio que nasceu da história!...

A França e Napoleão Bonaparte

Napoleão Bonaparte, Imperador da França já dominava quase todo o continente europeu, havia derrubado as principais monarquias da época como da Espanha, Itália, da Prússia, conquistado as regiões onde fica a Alemanha, Bélgica, Holanda e estava em guerra aberta contra a Inglaterra e para sufocar os ingleses intimou que Portugal fechasse seus portos aos navios de bandeira daquele país.

Portugal e D João
Nessa época em Portugal reinava o Príncipe Regente D.João em nome de sua mãe a Rainha D.Maria I(sofria de doença mental) e como D.João pensava em manter a neutralidade, resistia, negociavam, adiava e manobrava a decisão a empurrando para adiante.
E Napoleão ordenou que Portugal fechasse seus Portos aos navios ingleses contra quem como afirmamos acima a França estava em guerra aberta e certo de seu poder diante de D.João contava como favas contadas a obediência do Príncipe Regente de Portugal.
Como agiu D.João? Ficar e enfrentar os exércitos de Napoleão ou transferir sua corte para a colônia além mar: o Brasil?
Qual seria decisão a ser tomada, uma saída estratégica, ou por medo fugir para O Brasil?
Não é assunto para a narrativa atual com base em consultas realizadas e sim chegar ao objetivo que é Abrantes.
Segundo a história os portugueses chefiados por sua Família Real embarcaram na madrugada de 27/11/1807, com 15 mil pessoas, dentre eles: nobres, padres, militares, juizes, comerciante com as famílias e uma imensa bagagem inclusive uma grande biblioteca composta de milhares de livros e essa esquadra era composta de oito naus, três fragatas, dois brigues, uma escuna, uma charrua, além de 21 navios comerciais e rumaram para o Brasil, com chegada a Salvador em 24/01/1808 daí posteriormente rumando para o Rio de Janeiro onde aportaram em 07/03/1808.
Voltemos à invasão francesa
Napoleão cansado de aguardar por uma decisão de D.João ordena a um seu general que leve 28 mil homens e ataque e domine Portugal e isso foi realizado com os franceses que receberam o apoio espanhol e em 19/11/1807 ultrapassa a fronteira portuguesa, com um exercito de soldados famintos, subnutridos, doentes, feridos, descalços, enfim uma tropa que não seria capaz de enfrentar novas batalhas. Porém os portugueses por ordens recebidas de não guerrear de D.João que ainda não era VI,deu proteção às tropas do general Junot e em 24/11/1807 os franceses entram em Abrantes e aí de posse da cidade, do quartel, de seu forte, inicia os saques, se bem que com a intenção de formar uma base e descansar para recuperar as forças com a discordância inflexível de Napoleão que mandou que as tropas marchassem rumo a Lisboa e em 30/11/1807 o exercito francês chegou a Lisboa e o seu general ficou furioso por não conseguir aprisionar a Família Real Portuguesa que há tinha embarcado para o Brasil.
E a população se revolta em vários pontos do país e essa resistência heróica, contou com o apoio das forças inglesas e a 6/8/1808 o general Arthur Wellesley desembarca na baia de vagos e tem inicio a derrubada das tropas francesas, mais no quartel de Abrantes continuava na mão dos franceses e os portugueses diziam, mas, “no quartel de Abrantes, tudo estava como dantes”.
Esse dizer era com o significado de inconformismo e inoperância e os portugueses transformaram esse registro em um provérbio que atravessou o mundo “Tudo como dantes no quartel de Abrantes”.
“E assim o quartel de Abrantes ficou como símbolo e um ditado popular, a memória de maus dias”.
De Novembro de1807 data de sua ocupação e saque por parte das tropas francesas até 12/08/1910, quando se travou nas proximidades da povoação uma batalha em que os franceses foram derrotados pelo exercito anglo-luso e daí de 09/10/1810 a 07/03/1811 a vila defendeu-se do cerco dos ataques de Massena que afinal retirou-se.
No período passado de 23/11/2007 a 04/01/2008, a cidade de Abrantes fez 200 anos de invadida pelas tropas do Imperador da França Napoleão Bonaparte.
A história conta que D.João VI voltou a Portugal e deixou seu filho no Brasil, para construir uma nova nação, que segundo alguns indiretamente isso ocorreu talvez mais cedo por Napoleão ter existido.
Toda essa história é para um entendimento do porque do provérbio que muitos usam mais não conheciam as razões >>> “Tudo como dantes no quartel de Abrantes”.

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