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NET Marinha/Link com o jornal
(02/12/2008 10:27)
O governo prepara profundas mudanças na Infraero, antes mesmo da definição do modelo de privatização de aeroportos, em estudo no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
(02/12/2008 10:27)
O governo prepara profundas mudanças na Infraero, antes mesmo da definição do modelo de privatização de aeroportos, em estudo no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A primeira providência será a substituição do presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, por um executivo do mercado. O mais cotado para assumir o posto é Guilherme Lagger, ex-diretor de Logística da Vale e ex-presidente da Associação Nacional do Transporte Ferroviário (ANTF). Ruy Baron/Valor
As mudanças não vão se restringir ao comando da estatal. Incluirão, segundo um ministro ouvido pelo Valor, as quatro diretorias e as 28 superintendências da Infraero, além dos administradores dos 67 aeroportos, das 80 unidades de apoio à navegação aérea e dos 32 terminais de logística de carga.
As mudanças não vão se restringir ao comando da estatal. Incluirão, segundo um ministro ouvido pelo Valor, as quatro diretorias e as 28 superintendências da Infraero, além dos administradores dos 67 aeroportos, das 80 unidades de apoio à navegação aérea e dos 32 terminais de logística de carga.
Segundo esse ministro, os atuais administradores foram nomeados por indicação política. O propósito do governo, agora, é profissionalizar a gestão da estatal.
"A principal questão da Infraero não é apenas trocar a presidência da empresa, mas estabelecer uma nova governança. Isto significa fazer um movimento mais amplo", contou o ministro, informando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ordenou a reestruturação completa da estatal aeroportuária.
"A principal questão da Infraero não é apenas trocar a presidência da empresa, mas estabelecer uma nova governança. Isto significa fazer um movimento mais amplo", contou o ministro, informando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ordenou a reestruturação completa da estatal aeroportuária.
Há pouco mais de dois meses, Lula decidiu autorizar os estudos para a privatização dos aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e de Viracopos, em Campinas (SP).
O atual presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, caiu em desgraça depois que passou a criticar abertamente a privatização. Na sua opinião, privatizar é um "retrocesso" porque, segundo ele, a Infraero administra 67 aeroportos, mas apenas 15 são lucrativos.
O atual presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, caiu em desgraça depois que passou a criticar abertamente a privatização. Na sua opinião, privatizar é um "retrocesso" porque, segundo ele, a Infraero administra 67 aeroportos, mas apenas 15 são lucrativos.
De acordo com Gaudenzi, as receitas geradas pelos aeroportos que dão lucro cobrem os prejuízos dos aeroportos deficitários, mantendo-os em funcionamento.
Indicado para a Infraero pelo PSB, partido que integra a base de apoio ao governo no Congresso, Gaudenzi, que no governo Lula presidiu também a Agência Espacial Brasileira, declarou há duas semanas que não comandaria a privatização de aeroportos.
Indicado para a Infraero pelo PSB, partido que integra a base de apoio ao governo no Congresso, Gaudenzi, que no governo Lula presidiu também a Agência Espacial Brasileira, declarou há duas semanas que não comandaria a privatização de aeroportos.
"Caso se decida pela privatização, não sou a pessoa indicada para tocar o processo. Não tem briga nisso. Deixo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, tranqüilo para que me substitua", disse o presidente da Infraero ao jornal "Hoje Em Dia".
A resistência de Gaudenzi à privatização tem sido um dos obstáculos à reestruturação do setor aeroportuário. Ele foi nomeado para a Infraero na esteira do caos aéreo provocado pelos acidentes da Gol, em 2006, e da TAM, em 2007, os maiores já ocorridos no país.
A resistência de Gaudenzi à privatização tem sido um dos obstáculos à reestruturação do setor aeroportuário. Ele foi nomeado para a Infraero na esteira do caos aéreo provocado pelos acidentes da Gol, em 2006, e da TAM, em 2007, os maiores já ocorridos no país.
No cargo, Gaudenzi lutou contra a privatização - defendida pelo BNDES e pela presidente da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), Solange Vieira - e propôs, como alternativa, a abertura do capital da estatal, medida descartada devido à sua complexidade e também ao desinteresse de investidores privados.
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