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Carlos Humberto/STF No Tribunal,
Fachin
era um dos mais próximos a Teori Zavascki e não escondeu emoção no enterro do
colega.
Sorteado novo relator da Operação Lava Jato nesta quinta-feira, 2, o
ministro Luiz Edson Fachin só chegou à 2ª Turma da Corte e, portanto, entrou na
lista da distribuição do caso, na quarta-feira, 1º. Fachin fazia parte da 1ª
Turma do STF, mas pediu para migrar para o outro colegiado após a morte de
Teori Zavascki. É, portanto, o "novato" no grupo e também em todo o
Tribunal. O ministro é hoje considerado um nome de consenso internamente para
herdar a Lava Jato, pois é tido como um magistrado discreto.
Antes de Fachin ser indicado ao STF, no entanto, os ministros da Corte
fizeram uma articulação interna para evitar que o último ministro nomeado por
Dilma Rousseff assumisse uma cadeira na Turma da Lava Jato. Há menos de dois
anos, em março de 2015, Toffoli migrou da 1ª para a 2ª Turma para que o novo
indicado à Corte não ficasse com o ônus de julgar a Lava Jato. O indicado foi
Fachin. Agora, o gesto de Fachin foi visto como uma gentileza ao futuro
indicado à Corte.
No Tribunal, Fachin era um dos mais próximos a Teori Zavascki e não
escondeu emoção no enterro do colega.
O nome de Luiz Edson Fachin foi cotado para o tribunal já na época do
governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas só foi consolidado na
última indicação de Dilma. Em meio a turbulências políticas no governo da
petista, Fachin enfrentou dura resistência no Senado e uma longa sabatina. Era
considerado um nome ligado a movimentos sociais. Ao chegar ao Tribunal, no
entanto, decepcionou advogados de Dilma Rousseff ao proferir um voto
considerado muito rigoroso na sessão que definiu o rito do julgamento do
impeachment da então presidente.
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