Bárbara
Ferreira Santos3 horas atrás
©
image/jpeg STF supremo tribunal federal
São Paulo — A oposição ao governo
Michel Temer (PMDB)
protocolou nesta quarta-feira (15) um pedido na Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ) do Senado para que seja
aceito um nome alternativo à nomeação de Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal (STF).
O documento é um manifesto que
leva a assinatura de cinco mil mulheres, entre elas juristas, estudantes e
parlamentares de partidos da oposição, contra a indicação de Alexandre de Moraes,
candidato do presidente Temer para o cargo.
O grupo indica a professora
Beatriz Vargas Ramos, da Universidade de Brasília (UnB), como uma
“anticandidatura” para ocupar a vaga que era do ministro Teori Zavascki, morto em um acidente de avião
no mês passado.
Legalmente, o poder de indicar um
nome para a vaga cabe apenas ao presidente da República. Por causa dessa regra,
o grupo protocolou o manifesto pedindo que haja uma alteração
constitucional que permita que nomes alternativos possam ser indicados e que a
candidatura de Vargas possa ser aceita.
“É uma carta de princípios,
aquilo que julgamos importante no momento atual, para ser considerado na
cena política, quando se trata do STF”, afirmou Vargas na entrega do documento
no Senado. “A nossa ação não é uma candidatura oficial, trata-se, ao contrário:
nós entendemos que o governo, por não ter legitimidade democrática, não tem
legitimidade para indicar nenhum nome ao governo, muito menos um nome cuja
prática política demonstra uma história de constantes violações a essa mesma
Constituição”, completou.
As senadoras Gleisi Hoffmann
(PT-PR) e Regina Sousa (PT-PI) entregaram o manifesto, junto com a professora
da UnB, para o senador Edison Lobão (PMDB-MA), presidente da CCJ, na manhã
desta quarta.
“Nós todos sabemos que a
Constituição estabelece os parâmetros para a escolha dos ministros para o
Supremo Tribunal Federal. Todavia, devemos todos estar subordinados à opinião
pública”, afirmou Lobão. “Não quero dizer que essa iniciativa será acatada pelo
Congresso Nacional, mas pelo menos examinada.”
Desde a
nomeação de Moraes, Temer tem enfrentado diversas críticas sobre a escolha de
um nome ligado ao governo. A sabatina de Moraes na CCJ é esperada para a próxima terça-feira.
Desde que foi indicado, ele tem conversado com senadores
para atrair apoio a seu nome para o cargo no STF.
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