quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Noticias que representam poder...até quando?


Rodrigo Maia é eleito e permanece na presidência da Câmara

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valeriabretas44 minutos atrás

 

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São Paulo – A Câmara dos Deputados elegeu nesta quinta-feira (2) o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) como o presidente da Casa.  Maia foi eleito com 293 votos, em primeiro turno. 

O candidato do DEM assumiu a presidência da Casa para um mandato “tampão” em julho de 2016, após a cassação do então presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Na ocasião, o parlamentar derrotou em segundo turno o favorito do governo e líder do PSD Rogério Rosso por 285 votos a 170.

Maia é natural do Chile, tem 46 anos e é filho do ex-prefeito do Rio de Janeiro Cesar Maia (DEM-RJ). Em 1989, ingressou no curso de economia na Universidade Cândido Mendes (Ucam), mas não concluiu o curso.

Em 1996, aos 26 anos, conquistou seu primeiro cargo público e se tornou o mais jovem Secretário de Governo da Prefeitura do Rio de Janeiro. Antes, foi funcionário dos bancos BMG e Icatu.

Seu início na política veio em 1998 ao ser eleito deputado federal pelo PFL com  mais de 96 mil votos. Nessa época, foi um dos principais articuladores da refundação do partido, processo que resultou na criação do DEM. Assumiu como primeiro presidente nacional do partido em 2007—e permaneceu no cargo até 2011.

Na Câmara, foi reeleito por três vezes consecutivas em 2002, 2006 e 2010. Em 2012, o deputado tentou a sorte na disputa pela Prefeitura do Rio. O resultado foi um vexame: teve pouco mais de 95 mil votos—menos de 3% dos votos válidos. Voltou à Câmara em 2014 para seu quinto mandato em sequência. Maia declarou ter R$ 736 mil em bens. Destacam-se dois imóveis como os mais valiosos: um apartamento em São Conrado (RJ) no valor de R$ 304 mil e outro em São Paulo (SP), de R$ 230 mil. Sua campanha custou mais de R$ 2,3 milhões e foi financiada, em parte, por doações do próprio pai (R$ 284 mil).

Entram como doadoras também empresas como a JBS (R$ 100 mil) e banco BMG (R$ 550 mil), o mesmo acusado pelo Ministério Público de ter cometido gestão fraudulenta ao abastecer o mensalão.  Apesar de não ter pendências na Justiça, o deputado apareceu em investigação da Operação Lava Jato: ele aparece em mensagens de celular trocadas com Léo Pinheiro, sócio da empreiteira OAS e amigo do ex-presidente Lula.

A suspeita é que a empreiteira tenha pago caixa 2 à campanha de 2014 do deputado. Já sobre os Projetos de Lei (PL) criados pelo congressista, se sobressai o PL 5564/2013 que obriga a instalação de ar condicionado no metrô e nos ônibus. Segundo o texto, “estudos de medicina do trabalho comprovam que 45% de motoristas e cobradores sofrem com a vibração do motor dianteiro e o calor nos ônibus coletivos”.

Outro de destaque é o PL 7405/2014 que pede a redução da idade para o direito à gratuidade dos idosos nos ônibus de 65 para 60 anos. Além das funções como deputado federal do Democratas, Maia atua como presidente da comissão especial da Câmara que discute a reforma política no Brasil. 

O que Temer ganha com as vitórias de Eunício e Maia no Congresso

 

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Bárbara Ferreira Santos51 minutos atrás

 

Descrição: O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), abraça o presidente Michel Temer

 

© image/jpeg O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), abraça o presidente Michel Temer

São Paulo — O resultado das eleições da presidência da Câmara e do Senado já era previsto pelo Palácio do Planalto e foi considerado uma vitória política para o governo Michel Temer (PMDB).

O senador Eunício Oliveira (PMDB-AL) foi eleito ontem (1) presidente do Senado enquanto Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi reeleito para a Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (2).

Para analistas políticos ouvidos por EXAME.com, as eleições das lideranças parlamentares não eram uma ameaça para Temer, já que ele é um bom articulador político e possui uma base sólida no Congresso. Além disso, os eleitos têm uma relação alinhada com o Planalto e devem colocar as pautas de Temer como prioridade de votação neste ano.

Já auxiliares do presidente afirmaram que a vitória de Maia e Eunício Oliveira representa uma “sinalização de comprometimento” dos parlamentares com a agenda econômica proposta pelo governo peemedebista. “Tudo o que não precisamos é de um cenário que deixe nossa base estremecida. Precisamos manter a unidade para levar adiante o plano que estabelecerá a retomada da economia”, disse um interlocutor de Temer a EXAME.com.

Para especialistas, esse cenário já era esperado pelo governo. “A relação de Temer com o Congresso é o seu ponto forte. Possivelmente é o seu ativo mais importante, já que em popularidade e conexão com a sociedade ele é um dos mais fracos presidentes da história da República”, afirmou Ricardo Sennes, sócio-diretor da Prospectiva Consultoria.

Para o cientista político Carlos Ranulfo, professor do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o governo comemora o resultado das eleições porque a manutenção dessa base sólida, consolidada pelas eleições desta semana, é que pode dar estabilidade a Temer para concluir o mandato. “Dilma não conseguiu manter a base, por exemplo, mas Temer tem isso bem assegurado. A base vai se manter assim a não ser que ela seja atropelada pela Lava Jato”, afirmou o especialista.

Ranulfo afirma que, apesar da maioria no Congresso, Temer ainda enfrentará resistências para aprovar as pautas do Planalto. “Do Legislativo não virá problemas de governabilidade de Temer. No entanto, isso não quer dizer que ele vai passar o que quer e como quer. É mais fácil eleger o Eunício do que aprovar a reforma da Previdência no Senado”, explicou o cientista político.

Os dois especialistas explicaram que a situação mais confortável para Temer será exatamente no Senado, onde ele possui maioria mais estável. “Eunício e seu grupo são favoráveis às reformas estruturais, porém com menos entusiasmo do que Temer e sua equipe econômica. Devem ser apoiadores, mas imporão algumas mudanças e regras de transição mais ampliadas”, ponderou Sennes.

No caso do Senado, Temer teve ainda mais motivos para comemorar. Evitando interceder na disputa pelo comando da Casa, o presidente viu a composição da Mesa Diretora ser composta majoritariamente por aliados, segundo auxilares do peemedebista no Planalto.

Ranulfo acrescentou que, na presidência do Senado, Eunício poderá ainda se posicionar contra as investidas da Lava Jato, que ameaça figuras centrais do governo Temer. “Ele já até disse que vai se posicionar toda vez que um poder se colocar na frente do outro. Isso é um recado claro para o STF”, disse o professor da UFMG.

Já o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, embora não seja do mesmo partido de Temer, tem sido favorável às reformas estruturais do governo e mostrou alinhamento com o Planalto na Câmara. “Maia é a peça chave para contrabalançar o poder do “centrão”, afirmou Sennes. “Certamente uma enorme vitória para Temer.”

Segundo os especialistas, a saída de Cunha da Câmara desmobilizou o chamado “centrão” e as pautas do “baixo clero” terão menos fôlego, o que beneficia os projetos do Planalto.

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