marceloribeirosilva13
horas atrás
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image/jpeg Senador Eunício Oliveira do PMDB
Brasília – Com a aprovação do
senador Renan Calheiros
(PMDB-AL), Eunício Oliveira (PMDB-CE) foi o nome escolhido pela legenda
peemedebista para assumir o comando do Senado. Mesmo sem ter apoio unânime dentro do
partido – Roberto Requião (PMDB-RS) resistiu à indicação do correligionário-,
Eunício venceu com tranquilidade a disputa pela presidência da Casa nesta
quarta-feira. O peemedebista teve o apoio de 61 dos 81 senadores votantes–
José Medeiros (PSD-MT) levou 10 votos e outros 10 foram em branco.
Deputado federal entre 1998 e
2010, Eunício está em seu primeiro mandato como senador. Em 2015, o
peemedebista já dava sinais de que gostaria de disputar o comando da Casa, mas
o PMDB deu preferência para o experiente Renan Calheiros.
Com menos de 10 anos na vida
política, Eunício Oliveira chegou a Esplanada dos Ministérios. Entre janeiro de
2004 a julho de 2005, ele foi ministro das Comunicações no governo do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT). No Congresso, Eunício se empenhou nas negociações de apoio político do
PMDB ao governo petista, o que lhe garantiu um ministério.
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A SEGUIR
Como senador, Eunício ocupou duas funções relevantes: a liderança do
PMDB e a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). No ano
passado, foi relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabeleceu
um teto para os gastos federais nos próximos 20 anos. O projeto era a menina
dos olhos do governo Temer em 2016.
O perfil do peemedebista lhe garantiu apoio até mesmo de partidos da
oposição na disputa pelo comando do Senado.
Segundo fontes ouvidas por EXAME.com, Eunício teria atuado diretamente na
negociação para que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) não perdesse seus
direitos políticos durante o processo de impeachment, em 2016. O que ele
ganharia em troca? O apoio dos petistas na eleição para a presidência da Casa.
Funcionou.
Nos corredores do Senado, as pretensões de Eunício para o futuro parecem
claras. Correligionários do senador apostam que ele concorrerá ao governo do
Ceará em 2018. Essa seria a segunda tentativa do peemedebista na eleição para o
governo cearense. Em 2014, Eunício conseguiu 46,41% dos votos válidos e foi
para o segundo turno. Com um resultado acirrado, o peemedebista perdeu a
segunda etapa para Camilo Santana (PT), que era apoiado pelo então governador
Cid Gomes (PROS).
Lava Jato
Mesmo sem responder a processos no Supremo Tribunal Federal (STF) e sem ser alvo de inquéritos em
andamento na Corte, Eunício já foi citado por dois delatores da Operação Lava
Jato. Em 2016, o ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio
Melo Filho afirmou que pagou R$ 2,1 milhões em propina ao parlamentar. Segundo
o delator, o peemedebista teria atuado em defesa dos interesses da empreiteira
na votação de projetos de lei no Senado. O senador diz que “todos os
recursos arrecadados em suas campanhas foram recebidos de acordo com a lei e
aprovados pela Justiça Eleitoral”.
Também no ano passado, o ex-diretor de Relações Institucionais da
Hypermarcas Nelson Melo declarou que repassou R$ 5 milhões para a campanha de
Eunício ao governo do Ceará por meio de contratos fictícios. A defesa do
peemedebista nega as acusações. O ex-senador Delcídio do Amaral o citou os
termos da delação premiada na Operação Lava Jato homologada em 15 de março de
2016 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Delcídio o acusa de corrupção.
Eunício negou a acusação.
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