terça-feira, 1 de abril de 2014

A CCEE revela ainda que o Nordeste foi o submercado que puxou o aumento da capacidade instalada no país


A capacidade instalada dos parques eólicos em operação comercial no Brasil em janeiro de 2014 foi de 2.211 MW, 20% maior que a capacidade registrada no mesmo mês do ano anterior, de 1.841 MW.  Já ageração total dessas usinas foi de 763 MW médios contra 612 MW médios em janeiro de 2013, o que significou salto de 25%.
A geração média no início do ano correspondeu a 35% da capacidade instalada, o que coloca o Brasil, em termos de fator de capacidade, em patamar superior ao de países com maior potencial de geração eólica. Em 2012 os valores médios verificados para a China, Estados Unidos e Espanha, por exemplo, foram 18%, 33% e 24%, respectivamente.
 
Os dados constam da segunda edição do Boletim das Usinas Eólicas, divulgado mensalmente pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).  O informativo revela ainda que o Nordeste foi o submercado que puxou o aumento da capacidade instalada no país, concentrando 1.461 MW provenientes de 60 usinas – e com aumento de 25,3% em relação a janeiro do ano passado. A geração média na região foi de 597 MW médios contra 429 MW médios no início de 2013.
 
No submercado Sul foi registrada uma capacidade de 723MW em um universo de 29 usinas, o que representa um crescimento de 11,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior; já o Sudeste apresentou uma única usina no mesmo intervalo de tempo, com capacidade de 28 MW. Segundo o boletim da CCEE, os estados com maior participação na geração média no período foram Ceará, Rio Grande do Norte,Rio Grande do Sul, Bahia e Santa Catarina, que totalizaram 93% do total gerado.
 
No período coberto pelo informativo, a capacidade instalada das usinas eólicas associada à energia comercializada no Proinfa correspondeu a 43,6% do total,enquanto os montantes associados à energia comercializada nos leilões do ambiente de contratação regulada – ACR e no ambiente de contratação livre - ACR representaram 36,6% e 19,8%, respectivamente.
 
O Boletim de Usinas Eólicas considera empreendimentos com ao menos uma unidade geradora  em  operação  comercial  e  apresenta os resultados consolidados  de  geração, garantia física e capacidade das usinas da fonte que  comercializam  energia por meio do Proinfra, nos leilões do ambiente de contratação  regulada e também no mercado livre. As análises do informativo vão se somar a outros relatórios divulgados mensalmente pela CCEE, como o InfoMercado, o InfoLiquidez e o Boletim de Operação das Usinas.
 
Vale  ressaltar que o Boletim de Usinas Eólicas não leva em consideração um total  de  263  MW  médios  de  garantia  física  (associados  a  594 MW de capacidade  instalada) de usinas do 2º Leilão de Fontes Alternativas (LFA) e 149,6 MW médios (associados a 306,2 MW de capacidade instalada) de usinas do 2º e 3º Leilão de Energia de Reserva (LER) que a Agência Nacional de Energia Elétrica–Aneel considera em condições de entrar em operação comercial, mas que se encontram  com  restrição até a interligação efetiva dos parques ao sistema de  distribuição/transmissão.  Esses empreendimentos são provenientes do 2º Leilão de Fontes Alternativas e do 2º e 3º Leilão de Energia de Reserva.

Fonte: Jornal da Energia

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