domingo, 29 de abril de 2012

DEFESA

Índia investe na indústria armamentista

País produzirá, em 4 anos, caças franceses Rafaele de última geração
Sandra Cohen

NOVA DÉLHI. A indústria armamentista só cresce: os gastos na Defesa somam um montante de US$ 40 bilhões, que equivalem a 2% do PIB e 13% a mais do que no ano passado, para dar conta de disputas internas e da fronteira instável com o Paquistão. Há duas semanas, a Índia lançou com sucesso, da Ilha Wheeler, o Agni-V, míssil de longo alcance capaz de atingir as principais cidades da China. Numa outra frente, também com objetivo de modernizar a indústria doméstica, a Hindustan
Aeronautics Limited (HAL) já tem tudo preparado para receber, em dois meses, os Rafale — caças franceses de última geração — que vão substituir os Mirage produzidos no país há 40 anos.

A compra de 126 jatos da francesa Dassault significa, para o país, um investimento de US$ 12 bilhões. Os primeiros 18 serão construídos na França. Os 108 restantes começam a ser fabricados, em quatro anos, nos hangares da HAL.

Na visita da presidente Dilma Rousseff a Nova Délhi, no início do mês, para a reunião de cúpula dos Brics, o governo indiano propôs uma parceria tecnológica com o Brasil para a transferência de informações sobre os Rafale, caso o país decida optar pelos franceses, na compra de 36 caças.

Atualmente, a disputa está entre o Rafale, o F-18, da americana Boeing, e o Gripen, da sueca Saab.

— Vamos remodelar completamente nossas instalações para receber os Rafale. É a primeira vez que negociamos com a França, mas vemos uma vantagem: eles cobram mais do que os ingleses, mas entregam no prazo — diz o subgerente de produção da HAL, Chakradhar Mishra.

 


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