sábado, 28 de abril de 2012

Passarela do CAB a Pituaçu


Atraso nas obras da passarela de Pituaçu compromete a vida dos cidadãos


Leonardo Martins /Bahia Noticias
Esse menino com muito orgulho é meu neto



Após dois anos e dois meses do início da construção, a passarela que liga a primeira entrada do Centro Administrativo da Bahia (CAB) ao Estádio Governador Roberto Santos (Pituaçu) ainda não foi entregue à população. Anteriormente com previsão do término das obras para o final de março, a estrutura continua em construção, mas sem data estimada para ser concluída. Ciente da importância da passagem para a locomoção de pedestres e para a melhoria do trânsito no trecho, o Bahia Notícias saiu às ruas para ouvir quais os principais pontos afetados na rotina dos transeuntes. Para o estudante de engenharia civil, Vinícius Amorim, de 21 anos, que passa pelo local frequentemente, a falta de respeito por parte dos condutores de veículos é um dos fatores que mais comprometem a vida dos cidadãos. “As pessoas que estão de carro não querem ceder nunca. Já presenciei alguns casos de motoristas não pararem no sinal vermelho, o que compromete a vida dos pedestres. É algo que poderia ser evitado caso esta passarela, que já tem um bom tempo em construção, fosse entregue de uma vez por todas. As pessoas precisam dessa passarela, pois é um risco enorme para atravessar a pista”, ressaltou. Vinícius também revelou ter visto, recentemente, um acidente causado pela conduta irresponsável de alguns motoristas. “Presenciei um acidente entre uma moto e um carro. Os dois [condutores] desrespeitaram o sinal vermelho e bateram. Isso porque o piloto da moto foi na diagonal para não atropelar nenhum pedestre que havia descido da calçada para atravessar normalmente a pista. Ele ficou no chão ferido e logo o engarrafamento surgiu”, contou. A digitadora Elda Cardoso, de 30 anos, é outra que se sente prejudicada pelo atraso das obras. Segundo ela, a demora dos semáforos é outro drama vivido pelos pedestres que utilizam a via. “Demora muito. Você tem que esperar um bom tempo para que o sinal fique vermelho, os carros parem e você possa passar. Às vezes espero dez, 20 minutos para conseguir chegar do outro lado. É absurdo. É algo que pode ser facilmente evitado, mas não conseguem resolver”, opinou.

Se nos dias comuns a passarela faz falta, nos dias de jogos em Pituaçu a situação é ainda pior, como afirmou o escrivão Silvio Borges da Silva. Ao BN, ele ressaltou a importância do equipamento para a amenização dos transtornos. “Com a quantidade de pessoas que saem do Centro Administrativo e atravessam para o outro lado da pista, a evolução do trânsito é interrompida, o que intensifica os congestionamentos que já acontecem na Paralela por outros motivos”, explicou. Torcedor fanático do Esporte Clube Bahia, Silvio evidenciou a sua insatisfação quando há partidas do seu time. “Em dia de jogo é ainda pior. O futebol aqui em Salvador é muito forte, atrai muitas pessoas, e, sem a passarela, que já deveria estar pronta, os torcedores são forçados a atravessar a via e o trânsito fica travado. É coisa de louco”, desabafou. A reportagem contatou a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), mas foi orientada a enviar um e-mail com as questões a serem respondidas. Após o atendimento à solicitação, não houve retorno

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