Romulo Faro REPÓRTER - Tribuna da Bahia
O prefeito João Henrique (PP) iniciou ontem no Fórum Empresarial, na sede da
Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), a semana de debates sobre
mobilidade urbana e oportunidades de negócios geradas com a Copa do Mundo de
2014, da qual Salvador é uma das cidades-sede.
João chamou atenção para a Rede Integrada de Transportes (RIT) e anunciou, no chamado pacote de medidas, a construção de três novas avenidas que margeiam a Paralela. Segundo ele, a Tamborugy já está pronta e ligará a Paralela à orla da cidade e será inaugurada “nos próximos meses”. Já estão prontos os projetos para construção das Avenidas Atlântica, que também sairá da Paralela e irá à orla, num percurso de 14 quilômetros; e da Linha Viva, que fará coleta do trânsito da Paralela para a BR-324.
João chamou atenção para a Rede Integrada de Transportes (RIT) e anunciou, no chamado pacote de medidas, a construção de três novas avenidas que margeiam a Paralela. Segundo ele, a Tamborugy já está pronta e ligará a Paralela à orla da cidade e será inaugurada “nos próximos meses”. Já estão prontos os projetos para construção das Avenidas Atlântica, que também sairá da Paralela e irá à orla, num percurso de 14 quilômetros; e da Linha Viva, que fará coleta do trânsito da Paralela para a BR-324.
Ao falar das intervenções que darão mais fluidez ao trânsito da capital, o prefeito falou também da relação com os ambientalistas e com os órgãos de controle ambiental. Na interpretação do prefeito, é necessário mais flexibilidade. “Quando você fala em cortar duas avenidas às margens da Paralela, os ambientalistas se arrepiam, mas não podemos ficar parados. Os órgãos precisam ter mais boa vontade. Existe o bônus e existe também o ônus de morar em cidade grande. Salvador precisa ser encarada como uma metrópole. Cidade grande ou cresce ou incha”.
João argumentou as “dificuldades” com os órgãos de controle, e até mesmo com a Justiça, para aprovar na Câmara a Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo (Lous) e o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU). “A informalidade é cultural em Salvador. Chegou a hora de planejar Salvador. A Lous e o PDDU vieram aí e tivemos que enfrentar até o Ministério Público”.
Outras medidas anunciadas por João Henrique foram a composição de uma
Parceria Público-Privada (PPP) para recuperação total da Estação da Lapa, a
construção de corredores exclusivos de ônibus na Avenida Vasco da Gama, onde a
Prefeitura já iniciou a obra de fechamento do canal da via, “posteriormente”,
será implantado um corredor para trânsito exclusivo do Bus Rapid Transit (BRT).
Ele comentou ainda as críticas feitas quando surgiu a possibilidade de pedir ajuda à iniciativa privada para revitalizar a Estação da Lapa. “Muitas estações rodoviárias do Brasil não têm o movimento que a Estação da Lapa tem. É muito custo manter um terminal daquele em perfeito estado”.
Ele comentou ainda as críticas feitas quando surgiu a possibilidade de pedir ajuda à iniciativa privada para revitalizar a Estação da Lapa. “Muitas estações rodoviárias do Brasil não têm o movimento que a Estação da Lapa tem. É muito custo manter um terminal daquele em perfeito estado”.
De acordo com o coordenador de projetos da Secretaria Municipal de
Transportes e Infraestrutura (Setin), Francisco Albuquerque, “a visão
estratégica de mobilidade urbana teve início com a bilhetagem eletrônica,
implantada em 2005”. Segundo o prefeito e seus secretários, os projetos
elaborados pelo governo municipal com a RIT têm uma extensão de cerca de 70 km.
A Ponte Salvador-Itaparica, cuja construção está a cargo do governo do estado, também foi mencionada pelo prefeito. “Vai ser muito importante para criar um novo vetor de crescimento e expansão econômica, pois Salvador precisa estar cada vez mais integrada ao Recôncavo Baiano”.
A Ponte Salvador-Itaparica, cuja construção está a cargo do governo do estado, também foi mencionada pelo prefeito. “Vai ser muito importante para criar um novo vetor de crescimento e expansão econômica, pois Salvador precisa estar cada vez mais integrada ao Recôncavo Baiano”.
Prefeito quer metrô funcionando
Antes de apresentar as ações de sua gestão em prol da melhoria no trânsito
da capital, João Henrique fez questão de comentar o assunto do âmbito da
mobilidade que voltou a ter destaque nas últimas semanas, a linha 1 do metrô,
que vai ligar a Estação da Lapa à da Rótula do Abacaxi (Acesso Norte), num
percurso de seis quilômetros. “Estou vendo aí nas ruas uma discussão e alguns
dizendo que o metrô não pode funcionar com seis quilômetros de extensão porque o
governo (federal) não pode subsidiar a passagem.
A Prefeitura de Salvador subsidia um milhão e seiscentos mil (R$1,6 milhão) todo mês para manter o funcionamento do trem do subúrbio ferroviário. O cidadão do subúrbio tem condição de pagar quatro reais (R$ 4) pela passagem do trem? Não tem. Nós subsidiamos isso todo mês”, afirmou João Henrique.
A Prefeitura de Salvador subsidia um milhão e seiscentos mil (R$1,6 milhão) todo mês para manter o funcionamento do trem do subúrbio ferroviário. O cidadão do subúrbio tem condição de pagar quatro reais (R$ 4) pela passagem do trem? Não tem. Nós subsidiamos isso todo mês”, afirmou João Henrique.
O alcaide voltou a refutar o discurso do governo do estado de que não
haverá viabilidade econômica para nenhuma empresa ter interesse de operar o
sistema metroviário de Salvador com os seis quilômetros iniciais. A linha 1 terá
12 quilômetros de extensão quando o segundo trecho estiver pronto, ligando o
Acesso Norte à Estação Pirajá.
João Henrique mais uma vez tomou como parâmetros para garantir a viabilidade do sistema os metrôs de São Paulo e do Rio de Janeiro. “Começar a operar o metrô de Salvador com seis quilômetros será quase igual ao de São Paulo, que começou com sete quilômetros, e será mais do que o do Rio, que começou com cinco. Hoje, São Paulo tem um dos maiores metrôs da América Latina”.
João Henrique mais uma vez tomou como parâmetros para garantir a viabilidade do sistema os metrôs de São Paulo e do Rio de Janeiro. “Começar a operar o metrô de Salvador com seis quilômetros será quase igual ao de São Paulo, que começou com sete quilômetros, e será mais do que o do Rio, que começou com cinco. Hoje, São Paulo tem um dos maiores metrôs da América Latina”.
Com a promessa de começar a transportar passageiros até o próximo mês de
junho, buscando subsídio do governo federal (R$ 40 mil por mês), João Henrique
apelou para o “bom senso” do governo. “É uma perda deixar o metrô enferrujando.
Os trens estão prontos para andar, as estações estão prontas. Uma obra parada
sai muito mais caro do que em andamento. Eu acho que a lucidez e o bom senso
deverão prevalecer”, afirmou.
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