sexta-feira, 27 de abril de 2012

Economia

Há bastante tempo comento sobre as propostas de fornecedores dos EUA, da França e da Suécia para o fornecimentos de aviões caças inclusive transferência de tecnologia. O super Hornet da Boeing produto americano, da Rafale francesa figurando como fornecedor a Dassault e a SAAB produzido pela Suécia.´
Foi fartamente anunciado a demonstrada preferência do então presidente Lula pelo Rafale, a manifestação de especialistas da aeronáutica pelo produto da SAAB da Suécia e de outros setores pelo Boeing.
Outros países inclusive da América do Sul compraram aviões caças para sua defesa e o Brasil tem adiado a decisão por razões diversas que não me cabe ditar preferências, sem contudo deixar de opinar que o Brasil precisa ter uma defesa aparelhada para poder manter nossa soberania salva guardada


Crise nos EUA motiva luta da Boeing para vender caça ao Brasil 
iG

Publicação da Tribuna da Bahia


A redução do Orçamento dos EUA para defesa levou a sua principal empresa parceira, a Boeing, a lutar por uma maior participação no mercado mundial de venda de armamento. O CEO da Boeing Defense Space & Security, Dennis Muilenburg, afirmou que o objetivo da companhia é ampliar em 35% seus negócios em armamento no mundo.

Em janeiro deste ano, o presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou a redução de US$ 487 bilhões do Orçamento para área de defesa no prazo de 10 anos. Segundo Muilenburg, a mudança da política dos EUA – principal causador e uma das vítimas da crise econômica mundial iniciada em 2008 – "acelerou" a busca da Boeing por outros mercados.

"Parte dos cortes no Orçamento dos EUA, talvez, acelerou a globalização dos nossos negócios. A economia global está mudando. Vemos três principais áreas de crescimento fora dos EUA. Na América do Sul, o Brasil, principalmente. No Oriente Médio, a Arábia Saudita. E também a Austrália, Japão, Coréia do Sul, Singapura e Índia. Todos esses mostram crescimento no orçamento de defesa", afirmou.

Venda de caças para o Brasil

O CEO (diretor executivo, em tradução livre) recebeu um grupo de seis jornalistas brasileiros - incluído a reportagem do iG - na sede da Boeing Defense, em Saint Louis, para uma conversa nesta semana. Muellenberg confirmou que a venda de caças de 36 caças F/A-18E Super Hornet para o Brasil vai ajudar a cumprir a meta de crescimento de vendas mundial.

Chamado projeto F-X2, da Força Aérea Brasileira, a licitação gira em torno de US$ 5 bilhões conta com mais dois participantes, além do Super Hornet oferecido pela Boeing: o sueco Grippen, produzido pela sueca SAAB, e o Rafale, da francesa Dassault. Até o fim de junho, espera-se que o vencedor seja anunciado pelo governo brasileiro.

“A campanha do F-X2 é muito importante para nós. Esperamos ter um bom resultado”, disse. “Esperamos ser um parceiro por muito tempo”, afirmou Muilenburg. A Boeing tem se esforço para atender o pacote de transferência de tecnologia solicitado pelo governo brasileiro. A empresa tem ressaltado o relacionamento com outras empresas e instituições de ensino no Brasil.

Do ponto de vista político, a Boeing tem contado com o apoio do governo norte-americano para convencer o Brasil a companhrar os Super Hornet. Nesta terça-feira, o secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, reuniu-se com o ministro Celso Amorim (Defesa) para definir uma série de acordos entre os dois países na área.

Além do Brasil, a Boeing está participando de uma concorrência na Coréia do Sul para a venda de caças. Ano passado, a empresa conseguiu vender 84 caças da F-15 para a Arábia Saudita. Fora dos EUA, o primeiro comprador dos Super Hornet foi a Austrália, que adquiriu 24 aeronoves. "Há algumas oportunidades no mundo, mas umas das mais importantes para a Boeing é a do Brasil", afrimou o CEO.

Gigante norte-americana fundada em 1916, a Boeing tem dividido seus negócios com 47% na área de defesa e outros 53% na produção de aviões comerciais. A empresa também tem diversificado seus negócios. Nos últimos anos, passou a investir em defesa cibernética, com o objetivo de identificar ataques de hackers e crackers contra sistemas de governos e empresas privadas.

*Por Adriano Ceolin

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