por Evilásio Júnior - Publicado no Bahianoticias
O vice-governador, Otto Alencar (PSD), partiu em defesa do secretário estadual da Saúde, Jorge Solla, cuja pasta é apontada por uma auditoria encomendada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) de cometer uma série de irregularidades.
Em entrevista ao Bahia Notícias, o gestor salientou que o colega de governo “administra vidas humanas” e, devido a uma “legislação jurássica”, é obrigado a dispensar licitação e contratar mão-de-obra terceirizada. “Eu conheço Solla e ele é um profissional de alta competência e honra.
Queria que todos os gestores tivessem a honestidade dele. Se fôssemos fazer Saúde, sem considerar que tem urgência e emergência, o Hospital da Criança, em Feira de Santana, e o Hospital do Subúrbio não estariam aí.
Queria que os auditores fossem aos hospitais ver as vidas que estão sendo salvas.
Mas eles analisam os números friamente. O pré-julgamento na Bahia e no Brasil virou uma coisa banal. Por isso, muitos gestores têm receio de ingressar no serviço público”, avaliou.
Otto rememorou que, quando foi titular da Sesab, foi atacado por órgãos de fiscalização e pela imprensa por ter acelerado a construção da Maternidade Albert Sabin. “Eu fui secretário de Saúde e Cajazeiras, na época, precisava de uma maternidade. Eu fiz a abertura da licitação, mas ela demorou muito. Liguei para o governador, que era Antonio Carlos Magalhães, e ele mandou que eu dispensasse a licitação. Fiz e não me arrependo. Para atender às mães que precisavam do atendimento, faria tudo de novo e sem medo de tribunal”, relatou.
Para ele, o contestado Regime Diferenciado de Contratação (RDC) empregado para agilizar as construções dos equipamentos para a Copa do Mundo deveria ser utilizado em outras obras públicas, a exemplo dos centros médicos.
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