Preparação para porto avança
Adriano villela -Tribuna da Bahia
O projeto de construção do Porto Sul, em Ilhéus, será debatido com a sociedade no próximo dia 29, naquele município da Costa do Cacau. O evento integra o processo de concessão da licença de operação da obra, que teve sua licença prévia concedida pelo Ibama, em decisão no Diário Oficial da União do dia 13 de setembro.
Para a audiência serão convidados representantes das comunidades onde o porto será inserido, investidores e representantes de órgãos federal, estadual e municipal. Outros 18 encontros já aconteceram nas fases anteriores do projeto.
Em visita à esta Tribuna - onde foi recepcionado pelo diretor-presidente, Walter Pinheiro -, o secretário estadual da Indústria Naval e Portos, Carlos Costa, deixou claro que a conclusão da primeira etapa de licenciamento representa a aprovação da área para a construção do terminal portuário, em Aritaguá. “Com absoluta certeza. O Ibama aceitou os condicionantes do Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA). Foi um passo à frente, depois de um intenso trabalho”, afirmou o gestor.
O secretário prevê a concessão das licenças de operação e implantação até março de 2012, quando a obra deverá ser iniciada. Carlos Costa avalia que a obra acontecerá em um prazo relativamente reduzido."Temos tecnologia nacional e internacional que, juntas, darão resultado de tempo bastante reduzidos".
Na visita a esta TB, o secretário destacou o impacto do porto, que será entroncado com a Ferrovia Oeste Leste e, por meio desta, com a Hidrovia do São Francisco (entre Juazeiro e Bom Jesus da Lapa). “Juntos, os projetos somam R$ 10 bilhões e vão colocar a Bahia como o segundo estado (brasileiro) mais exportador)”, contou Costa.
A Bahia é atualmente a sétima maior unidade federativa em vendas externas. O porto, além de importar insumos necessários à Bahia, vai exportar seis milhões de toneladas de grãos colhidos no oeste e 70 milhões em minério extraídos em todo o oeste.
O governo estadual prevê uma geração de 2 mil postos de trabalho na obra e 27 mil quando o terminal portuário entrar em operação.
Tendo como base experiências nacionais e estrangeiras, a exemplo de Roterdã (HOL), e Antuérpia (BEL), Carlos Costa prepara um projeto para viabilizar um complexo portuário em Ilhéus, agregando o Porto Sul (parte privada, tendo à frente a Bamin, e pública), Malhado, e uma área contígua a este, voltada a cargas limpas (artigos que não podem ser transportados perto de produtos altamente contaminante).
“Ilhéus é hoje uma cidade com receita de R$ 10 milhões anuais (de ICMS), que será multiplica por cinco, gerando muitos empregos, principalmente no Comércio e em serviços”.
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