sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Governador quer atrair mais investimentos italianos para a Bahia


"A Bahia, além de riquezas e belezas naturais, é a maior economia da região Nordeste e reúne ótimas condições, potencial de consumo e expansão para instalação de empreendimentos internacionais", assim o governador Jaques Wagner descreveu, nesta sexta-feira (7), o quadro atual do estado baiano, durante o seminário "Relações Econômicas e Integração Brasil/Itália", tema principal do 16º Meeting Internacional, promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), que ocorre em Roma, capital da Itália, até sábado (8).
Tendo como ponto alto dos debates as oportunidades de investimentos no Brasil, Wagner afirmou, durante o seu pronunciamento, que "a Bahia é um porto seguro para os investimentos italianos", sobretudo no momento em que o seminário internacional, que reúne 140 lideranças empresariais e políticas do Brasil e da Itália, facilita o diálogo dos empresários dos dois países para o enfrentamento da crise e a minimização dos seus efeitos.

Participaram como expositores, do Brasil, dentre outras autoridades, além do governador baiano, o ministro da Fazenda, Guido Mantega; o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel; e o diretor geral da Confederação Nacional da Indústria do Brasil (CNI), José Augusto Coelho Fernandes.

De acordo com Wagner, o encontro, realizado anualmente em um país diferente, "é uma ótima oportunidade para o intercâmbio econômico entre o Brasil, a Bahia e a Itália". Segundo Wagner, a Itália é o sétimo principal destino das exportações baianas. Do total exportado, 4,5% tiveram como destino aquele país. Dentre os produtos exportados, os principais são a pasta química, madeira, sulfato, cobre, soja, couro, peixe e carne.

De janeiro a agosto deste ano, as vendas baianas para o país italiano totalizaram US$ 320,82 milhões, representando um saldo comercial positivo para o estado de US$ 280,98 milhões. "As exportações baianas estão batendo recordes e já passam da casa de R$ 1 bilhão. Em agosto deste ano, nossas exportações representaram 64% das exportações do Nordeste", revelou o governador, durante o seu pronunciamento.



Parceria



Para o vice-presidente da poderosa Confederação Industrial da Itália (Confindustria), Paolo Zegna, o desafio italiano é estabelecer a presença de pequenas e médias empresas no Brasil. "Nossa missão hoje é construir parceria duradoura entre Brasil e Itália", afirmou.

Segundo ele, existem oportunidades no Brasil na área de energias renováveis e de estaleiros, setores nos quais a Itália possui experiência e a Bahia vem se destacando, sobretudo na implantação de parques eólicos. "É preciso, também, olhar os estados do Nordeste que têm crescido mais do que o Brasil e apresentam grandes oportunidades de negócios", disse Zegna.

Em sua apresentação, o vice-secretário do Ministério do Exterior da Itália, Vincenzo Scotti, afirmou que o Brasil e a América Latina possuem papel importante de liderança mundial. "Estamos numa fase de reequilíbrio da economia mundial e é necessário um modelo de economia que seja mais inclusivo", disse Scotti. Sobre a questão, Jaques Wagner destacou que a experiência das políticas anticíclicas brasileira pode ajudar a Itália a enfrentar este momento difícil.

Durante a palestra para a nata do empresariado italiano, o governador Wagner também apresentou os números da economia baiana, os principais pólos de atração do capital internacional, os investimentos do Estado na melhoria da qualidade de vida dos baianos, inclusão social, educação e na infraestrutura regional.

Sobre as obras estruturantes em andamento no estado, que somam mais de R$ 20 bilhões, o governador citou os investimentos que vêm sendo aplicados no complexo logístico intermodal Porto Sul, Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), Via Expressa Baía de-Todos-os-Santos, complexo da Ponte Salvador-Itaparica, Arena Fonte Nova e os projetos de mobilidade urbana para a capital baiana.

Na área portuária, citou os R$ 18,1 bilhões que serão aplicados no Porto de Salvador e de Aratu, consórcio Braskem e Bahia Terminais, além do reforço da infraestrutura aeroportuária, envolvendo as cidades de Vitória da Conquista, Salvador, Ilhéus, Feira de Santana e a região Oeste.
Fonte:AGECOM

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