sábado, 15 de outubro de 2011


Economia

Porto Sul é prioridade do governo

Alessandra Nascimento - Publicação da Tribuna da Bahia


O governo da Bahia reuniu ontem pela manhã a imprensa baiana para apresentar os estudos sobre a importância do Porto Sul. A secretária da Casa Civil, Eva Chiavon, e o secretário da Indústria Naval e Portuária, Carlos Costa, apresentaram o projeto. A secretária comentou sobre as recentes discussões levantadas por um renomado ambientalista paulista alegando que o Porto Sul não sairia do papel.

“Historicamente sempre houve pessoas que se opunham ao desenvolvimento. Na época da Construção de Brasília, na ponte que liga a cidade do Rio de Janeiro a Niterói, durante a campanha do Petróleo é nosso. Estamos lutando pelos interesses da Bahia”, afirmou.

Chiavon fez declarações sobre a questão das críticas a implantação da obra do Porto Sul. “Existem interesses econômicos. Realizamos estudos sobre os impactos do porto e entendemos que será estrondoso para o desenvolvimento do Estado nos próximos 25 anos. Neste momento os investimentos internacionais se voltam para o Brasil e o Nordeste terá grande participação neste momento.

Aqueles estados que possuírem infraestrutura e boa logística receberão os aportes financeiros. Estamos num momento de forte disputa comercial em jogo”, avisa.

Chiavon reiterou que os estudos serão encaminhados para a audiência publica, onde os órgãos ambientais deverão, após dar o parecer e, a posteriori, a liberação da licença prévia. “Estamos otimistas. Sob o ponto de vista institucional e jurídico estamos tranquilos.

Temos os recursos para o investimento. Mudamos o local do projeto, que não será mais Ponta da Tulha, mas sim em Aritaguá. Nesta região os estudos identificaram que o empreendimento dificilmente afetará as unidades de conservação próximas a região. Realizamos estudos e faremos monitoramento”, comenta. Uma das grandes promessas do Porto Sul para a região está no fato de projetar o sul da Bahia para um grande desenvolvimento econômico. “O Brasil está crescendo e precisamos de portos para escoar nossa produção. Estamos acompanhando semanalmente com a presidente Dilma as discussões sobre a crise econômica.

A Ferrovia Oeste Leste está com quatro lotes em construção, acompanhamos as discussões na Justiça e entendemos sua importância para a economia da Bahia e do Brasil. Existe a crise internacional e a vacina para ela é a viabilização dos empreendimentos”, avalia. Outro anúncio na coletiva ficou por conta das obras do novo aeroporto de Ilhéus, que segundo a secretaria estão em fase de licenciamento.

A secretaria reiterou que a implantação do Porto Sul representa um compromisso do governo da Bahia para o escoamento da produção mineral e agrícola, através da Ferrovia Oeste Leste, buscando ampliar a vantagem competitiva da Bahia.

A previsão é que sejam investidos R$ 2,6 bilhões no Porto Sul, com criação de 2 mil empregos diretos e indiretos somente com a construção do empreendimento.

Há também a previsão de geração de 27 mil empregos diretos e indiretos apenas na região onde se localizará o Porto Sul. A previsão é que sejam escoadas 5 milhões de toneladas por ano de grãos, 60 milhões de toneladas por ano de minério de ferro e carvão, cargas de siderurgia mais 5 milhões/ton anuais, e 400 mil toneladas por ano de algodão.

A secretária da Casa Civil reiterou que o governo da Bahia está promovendo investimentos na infraestrutura da malha rodoviária e acessos ao Porto Sul, investimentos em energia e água para o porto e comunidade do entorno, melhorias na área de saúde e saneamento básico, revitalização do modal da região do vale do São Francisco a partir da integração à FIOL, dentre outros.

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