sábado, 1 de maio de 2010

Alcides Kruschewsky detona Israel Nunes


O inocente útil
Alcides Kruschewsky
A matéria: “O INCONOCLASTA E O PURITANO” é um retrato fiel da prepotência, do extremismo, do abuso de autoridade, manifestados na figura do ex-blogueiro Israel Nunes, que se entocam e se irradiam do espírito de um Procurador Federal, para confundir a sua identidade.

Foi redigida em linguagem intelectualmente “xula”, discriminatória, debochada, ofensiva e atentatória aos bons costumes. Violou preceitos, nodoou a ética e atingiu desrespeitosamente em cheio O Poder Executivo Municipal, enquanto Instituição, além da minha pessoa. Registrei que responderia aos seus ataques sem causa e faço agora.

Receoso em não me imputar diretamente a autoria da matéria “liturgia do cargo”, objeto da sua resposta em defesa de Fábio Magal , Israel Nunes disse: “...alguém que se identificou como Alcides Kruschewsky” .

Não havia razão para subterfúgios, se eu não me pus no anonimato. Aliás, desses artifícios usam aqueles que não estão seguros dos seus atos e buscam na fuga das indefinições ou omissões propositadas, agasalhos para os seus medos e frustrações.

Quando teci críticas ao comportamento do Sr. Fábio Magal, que de maneira jocosa, às escondidas, sentou-se na cadeira do Prefeito, posou para fotos e as fez veicular, a ele não imputei a prática de qualquer delito, mas, de desrespeito à “liturgia do cargo”. Vi no mesmo gesto a desconsideração a quem lhe permitiu freqüentar ambiente no qual se exige postura.

Enquanto o ex-blogueiro desafia a exibição do instrumento normativo que diga: “é proibido sentar na cadeira do Prefeito”, desafio ao Procurador Federal Israel Nunes que, nas mesmas condições, receba o Sr. Fábio Magal na Advocacia Geral da União(AGU), permita adentrar no Gabinete, e lá, sentado na cadeira reservada ao chefe da AGU para o desenvolvimento das atividades inerentes ao cargo, alguém o fotografe e, como se irradiado pelo espírito dessa autoridade, faça veicular a foto ao domínio público, de modo a ensejar gracejos, gozações e chacotas, tanto em relação ao convidado, quanto ao detentor do cargo, através dos blogs, sob a seguinte manchete: QUANDO OS GATOS NÃO ESTÃO EM CASA OS RATOS FAZEM A FESTA”. Como será que o Procurador Federal entenderia o ato do seu convidado? E o que acharia o seu superior hierárquico? Está formulada a pergunta tanto ao ex-blogueiro, quanto ao Advogado Chefe da AGU.

Assim, a cadeira onde qualquer exercente de cargo público desse país se senta para desenvolver as atividades que lhe impõe o cargo do qual está investido, simboliza autoridade.

Em nenhum momento invoquei e nem imputei a Fábio Magal a prática de qualquer ato de traição merecedor de uma execução pública. Logo, a expressão “ crime de lesa-majestadade” usada pelo ex-blogueiro, teve o cunho meramente de impactação naquele leitor que desconhece o significado do crime.

Como restou demonstrado na sua matéria, o ex-blogueiro não tem qualquer respeito pela cadeira do Prefeito/Instituição, presumindo-se que o mesmo tratamento é dado à sua própria cadeira, donde defende a FUNAI e discrimina quem no exercício do seu direito constitucional defende interesses coletivos ameaçados, taxando-o de “cara-pálida”. Seria uma maneira de me atingir por conta da luta que tenho empreendido - aberta e denodadamente - em defesa de pequenos agricultores, contrapondo o pleito absurdo de demarcação de 50 mil hectares de terras para supostos índios tupinambás? Não seria esse um ato discriminatório? Não seria essa uma prova inequívoca de que nele manifestava o espírito do Procurador Federal?

O próprio Fábio Magal foi alvo de Israel Nunes que fez veicular e motivou a veiculação de um vídeo, onde encarna uma dona de casa, vestida a rigor, executando as suas tarefas ao som de música de Zezé de Camargo e Luciano. A execração moral correu mundo, via Youtube.

Para o caso em tela, coube a Fábio Magal o direito de espernear de modo apático e tímido, se consolando na matéria: FÁBIO MAGAL CHATEADO COM ISRAEL NUNES, veiculada no Blog do Gusmão no dia 25/03/2010. Pergunto: esse ato do ex-blogueiro é compatível com o seu cargo de Procurador Federal, Professor Universitário e Mestrando em Ciências Políticas?

Se a pretensão do ex-blogueiro na publicação de “O INCONOCLASTA E O PURITANO” foi a de apaziguar a sua consciência e compensar a sua dívida com Fábio Magal, o seu arrependimento não foi eficaz, porque os estragos a outrem já foram causados de maneira irreversível.

Se eu me reportar a Advocacia Geral da União – AGU, a Procuradoria Federal, ao Advogado Geral da União e ao Procurador Federal, estarei me reportando às Instituições e aos seus encarregados, que merecem o respeito indistintamente de todos os administrados.

O ex-blogueiro Israel Nunes, não se ateve a esses conhecimentos, atirando impropérios, ofensas e acusações contra a Instituição/Prefeitura e ao seu encarregado o Prefeito e, não se contentando com esse repudiável comportamento, foi além dos limites permitidos atingindo diretamente às imagens das pessoas públicas, exercentes de cargos públicos, Newton Lima, eu, Alcides Kruschewsky e outros.

Aduz o ex-blogueiro sobre outro tema que “... todos se calaram e meteram o respeitinho que têm pelas dignidades públicas em local indigno de se pronunciar aqui”...
Ora, não seria o mesmo local indigno de se pronunciar o ideal para guardar a sua ética e suas expressões rasteiras? Esse local indigno é citação sua. Logo, ele e somente ele, Israel Nunes, poderá situá-lo e apontar a sua localização. Espero que embora indigno, como assim asseverou, o local em comento mereça o respeito de ser sabido pela comunidade.

Ao exibir os seus títulos no seu próprio blog, Israel Nunes quis, com isso, assim ser identificado, como Procurador Federal. Logo, dele se deve exigir lhaneza, emprego de linguagem escorreita e polida nas suas mensagens, fato que não se verificou no seu texto, no qual defilam a discriminação, descortesia, desrespeito, antipatias, dentre outros.

As Instituições, os seus encarregados e as pessoas que compõem a sociedade devem ser respeitados, principalmente, por quem, em razão do cargo/função que exerce, está investido de poderes que o diferencia dos demais cidadãos e dos demais profissionais. Embevecido com a notoriedade repentina, forjada apressadamente com o uso do título de procurador federal, Israel Nunes seguiu sua curta e contraditória carreira de blogueiro divertindo velhos profissionais da malandragem política para os quais, provavelmente sem se dar conta, prestou valorosos serviços. Destes, na despedida, ironicamente arrancou rasgados elogios, pela “dureza contra descalabros”. Ingenuidade? Em si, nenhum puritano, mas um pretensioso inconoclasta materializando sua vontade na imagem alheia.

Haja paciência!
O autor é vereador em Ilhéus e ocupa o cargo de secretário municipal de Governo.
Matéria publicada no JornalBahia Online

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