terça-feira, 4 de maio de 2010

SETRE informa:

Desenvolvimento é a pauta principal da II Conferência Estadual de Economia Solidária


Traçar metas para o desenvolvimento da Economia Solidária e discutir as políticas voltadas para o segmento. Essas são as pautas principais da II Conferência Estadual de Economia Solidária – CEES, que está sendo realizada de hoje, dia 03, até a próxima quarta-feira (5), no Gran Hotel Stella Maris, em Salvador.
Durante a abertura oficial do evento, que reuniu aproximadamente 400 pessoas, o governador Jaques Wagner destacou as ações que o governo do estado vem desenvolvendo, ao longo desses três anos, para o fortalecimento do setor, como a criação da Superintendência de Economia Solidária, em 2007, e a mais recente, a publicação do edital 01/2010, no valor de R$ 10 milhões,aberto até junho, voltado para associações e cooperativas, sem fins lucrativos, que tenham como finalidade o desenvolvimento de atividades de cunho essencialmente produtivo.
De acordo com o governador Jaques Wagner, assim como a Agenda Bahia do Trabalho Decente é uma referência internacional, o tratamento dispensado para a Economia Solidária também vem servindo de modelos para outros estados.
“Temos consciência que a Economia Solidária não é algo para coitadinhos e sim, mais uma forma de organização de trabalhadores. É por compreender que o setor é muito importante para o desenvolvimento econômico e social da Bahia que apoiamos e criamos suportes para que estas pessoas possam expandir seus empreendimentos”, declarou o governador.
Depois de realizar um total de 24 conferências territoriais, que envolveram os 27 territórios de identidade e contou com a participação de mais de duas mil pessoas, a Bahia foi considerada pela Secretaria Nacional de Economia Solidária – Senaes o Estado que realizou a maior conferência Estadual e a mais participativa.
“Articular 27 territórios deve ter sido uma tarefa árdua e isso demonstra o papel de destaque que a Economia Solidária vem tendo no governo de Jaques Wagner, que era ministro do Trabalho quando a Senaes foi criada.
A Bahia, hoje, é uma das maiores protagonistas da Economia Solidária no Brasil.
E é por isso que estamos aguardando a contribuição deste estado para a construção de uma política e um sistema nacional de Economia solidária”, destacou Roberto Marinho, diretor de fomento da Senaes, que no evento representava o secretário nacional, Paul Singer.
Para o secretário estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos, o destaque da Bahia é fruto do resultado dos incentivos que Estado tem concedido para os empreendimentos, como microcrédito, com taxas de juros que oscilam entre 5% a 7% de juros, ao ano, infaestrutura, por meio dos Centros Públicos de Economia Solidária, e suporte técnico, administrativo e jurídico por intermédio das incubadoras. “Estamos baseado em um tripé, na busca de oferecer sustentabilidade para os empreendimentos.
Oferecemos uma linha de crédito, que pode ser o CrediBahia ou o Credisolidário, formação, e ainda buscamos colaborar com o escoamento da produção, tanto por meio dos Centros Públicos, que possuem um espaço destinado para a comercialização, tanto por meio das Feiras que realizamos”, afirmou o secretário Nilton Vasconcelos.
Etapa preparatória para a II Conferência Nacional de Economia Solidária, a II CEES vai apresentar os resultados das 24 conferências territoriais, que foram realizadas entre os meses de março e abril, nas quais foram eleitos os 368 delegados e ainda fazer um balanço do que foi construído até o momento. “Participo das conferências porque sei da importância de colaborar para a construção de leis e ações que venham fortalecer a economia solidária, pois é daqui que eu sobrevivo e sustento a minha família”, afirmou Jorge Alan, artesão do grupo Produtivo de Lauro de Freitas.
As propostas da conferência estadual serão levadas à etapa nacional, que será realizada em Brasília, entre os dias 16 e 18 de junho de 2010. Com o tema Pelo Direito de Produzir e Viver em Cooperação de Maneira Sustentável, a conferência nacional contará com a participação de 1,6 mil delegados dos 27 estados brasileiros.
A Bahia deve eleger 100 representantes ( sendo 50 de empreendimentos, 25 do poder público e 25 das incubadoras), terceiro estado em número de delegados, ficando atrás apenas do Rio Grande de Sul (168) e São Paulo (144).

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