Portos baianos deixam de ser prioridade
Os projetos vitais para o desenvolvimento do Estado da Bahia a exemplo do Porto Sul, o de Salvador e o de Aratu sofrerem um duro golpe com a perda de R$ 750 milhões, oriundos do corte de investimentos do governo federal, que resolveu dar prioridade aos portos de Pécem no Ceará e Suape em Pernambuco.
Os projetos vitais para o desenvolvimento do Estado da Bahia a exemplo do Porto Sul, o de Salvador e o de Aratu sofrerem um duro golpe com a perda de R$ 750 milhões, oriundos do corte de investimentos do governo federal, que resolveu dar prioridade aos portos de Pécem no Ceará e Suape em Pernambuco.
O senador César Borges fez um duro discurso no Senado chamando a atenção para este fato e acrescentou: “Estou perplexo porque o governo não incluiu os portos da Bahia entre os corredores de exportação do país, sequer como prioridade regional”. Ele pediu a reposição dos três portos públicos baianos no PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento 2) e protestou contra a decisão do governo federal.
Num tom que chamou de “apelo dramático”, César Borges fez um pedido ao ministro Pedro Brito, da Secretaria Especial de Portos, para que não deixe de lado os projetos da Bahia e leve suas ponderações à ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, que coordena o PAC, e ao presidente Lula.
Ainda segundo Borges, “a Bahia está perdendo investimentos privados por causa da falta de obras de melhorias nos seus portos, que são da responsabilidade federal”, afirmou.
Para o porto de Salvador estavam previstos R$ 500 milhões de recursos para ampliar em 540 metros suas instalações e aprofundar para 15 metros o leito marinho, além de ampliar em 405 metros o quebra-mar norte. A obra permitiria atracação de mais navios de grande porte.
Para Aratu, o corte alcançou R$ 250 milhões para construção de um terceiro píer e pátio para movimentação de granéis sólidos.
LICENÇA - O Porto Sul que será construído em Ilhéus está também na pendência de licenças ambientais a cargo do Ibama, bem como a Ferrovia Oeste/Leste, nesse caso o escritório de Brasília do órgão está analisando as Audiências Publicas recentemente realizadas.
Segundo a secretaria da Indústria, Comércio e Mineração, SICM, levantamentos prévios mostram que a nova ferrovia tem uma demanda de carga que assegura o seu pleno funcionamento, principalmente por conta do minério de ferro de Caetité, com fluxo estimado em até 18 milhões de toneladas/ano, e grãos do oeste baiano, como soja e algodão, com 6,2 milhões de toneladas/ano.
PRIORIDADE - De acordo com a Valec, a estatal que cuida do projeto e execução, é intenção da estatal que concluir o trecho da ferrovia Caetité-Barreiras (413 km), em 2012, e Barreiras-Figueirópolis (547 km), entre 2012 e 2013.
A Ferrovia Oeste Leste está incluída entre as prioridades do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e a Ferrovia terá entre Figueirópolis (TO) e Ilhéus (BA) 1.490 km de extensão e demandará investimentos na ordem de R$ 6 bilhões.
Fonte: Jornal Tribuna da Bahia
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