Codeba quer novo terminal de contêineres em Aratu
Enquanto as atenções de empresários e da maior parte das autoridades baianas estão voltadas para a expansão do Porto de Salvador, a Companhia Docas do Estado da Bahia (Codeba) trabalha para viabilizar a transformação do Porto de Aratu, na cidade de Candeias, a 46 quilômetros da capital. Os projetos envolvem melhorias em infraestrutura nos terminais de graneis sólidos, líquidos e gasosos e o início da movimentação de contêineres e minério de ferro. Apesar de pouco falado, o Porto de Aratu pode ser considerado o coração econômico da Codeba.O complexo responde por cerca de 70% da carga movimentada em território baiano. Enfrentou uma fase complicada de novembro de 2008 a maio de 2009, quando viu a operação de mercadorias cair vertiginosamente. A má fase começou a ficar para trás em junho, com a recuperação do tráfego de navios e o aumento na tonelagem em circulação. Porém, o que mais anima os dirigentes da estatal são os planos para os próximos anos. O presidente da Codeba, José Rebouças, quer abrir licitação para a instalação de um terminal de contêineres em Aratu.“Na história que envolveu a expansão do Tecon Salvador, com aditamento de área ou não, percebemos que não podemos ficar na dependência só da capital. A saída é ir para Aratu. Propusemos isso ao Conselho de Autoridade Portuária (CAP) e fomos prontamente atendidos. Queremos colocar contêineres lá, área não falta. São mais de um milhão de metros quadrados disponíveis para novos projetos. E por Aratu a Codeba dará sua contribuição à cabotagem brasileira, modelo de transporte que precisa ser potencializado e será decisivo no mercado em pouco tempo”.Ainda não há data para a licitação do terminal de contêineres de Aratu, mas essa é uma das prioridades da estatal. Outra novidade é que a tão esperada dragagem de aprofundamento deve começar ainda em 2009, deixando o complexo com exatos 15 metros de profundidade. O coordenador de Gestão Portuária do Porto de Aratu, Alberto de Freitas Costa Filho, confessa que empresários do exterior o procuraram nos últimos meses para saber quais as condições necessárias para a instalação de terminais no complexo.“Estrangeiros nos procuraram sim e isso mostra o potencial de nossa área. Temos a história voltada para a movimentação de graneis sólidos e gasosos, mas queremos lidar com os contêineres também. Somos o futuro da Bahia. E apesar da queda brusca de cargas do final do ano passado até o meio deste ano, vamos empatar os números de 2008 com os de 2009, o que é fantástico para quem depende tanto da importação de fertilizantes e concentrados de cobre como nós. As cargas do futuro para nós são o contêiner e o minério de ferro. Apostaremos fortemente neles”.PassadoAlberto de Freitas Costa Filho entende que a atenção dada pela Secretaria Especial de Portos (SEP) aos pedidos de Aratu trouxe, de dois anos para cá, o impulso que faltava ao Porto. Coordenador do complexo desde 2002, ele reconhece que, antes de 2007, era difícil arrancar alguma verba do Ministério dos Transportes. “Você tinha toda a área de transportes em uma pasta só. E a tradição brasileira sempre foi focada no transporte rodoviário. Porto sempre foi algo secundário. Com a SEP, a situação mudou completamente. Estou há 30 anos em Aratu e falo isso com segurança”.
Fonte: Site Porto Gente
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