Foto:
Camila Souza / GOVBA
O governador Rui Costa reclamou da prefeitura de
Salvador e do governo interino de Michel Temer nesta quarta-feira (3), em
entrevista à Mário Kértesz, na rádio Metrópole. Em relação ao Executivo
municipal, o petista aponta “má-vontade” da gestão ACM Neto para a liberação de
alvarás solicitados pelo Estado. Entre os exemplos citados pelo governador
estão um alvará para a passarela que liga a estação do Metrô e o Terminal
Rodoviário de Salvador – a antiga passarela, que seguia ainda o projeto do
arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé, tinha que ser adaptada aos padrões de
acessibilidade. Outro alvará parado na prefeitura diz respeito ao paisagismo na
Avenida Paralela, sem resposta após 8 meses de espera. Outra queixa abrange os
projetos pensados pela Embasa para a capital baiana, que não tem progredido,
segundo Rui, pela falta de diálogo por parte da prefeitura. Questionado sobre
os interlocutores na relação entre os dois poderes, ele citou o secretário da
Casa Civil estadual, Bruno Dauster, e o ex-ocupante do mesmo cargo na
prefeitura, Luiz Carreira. Com o último, Rui afirma que as conversas ainda
prosseguiam, apesar das “forças” que atuavam contra, mas após sua saída (ele
foi substituído por Moysés Andrade), as coisas “desandaram por completo”. No
que se refere ao governo federal, as críticas abrangem a questão da
renegociação de dívida e do auxílio aos estados. “Os governadores do Nordeste e
do Norte vão fazer uma reunião no Senado para discutir a situação da
renegociação das dívidas dos Estados. A renegociação não beneficia estados
pobres. Os estados do Nordeste podem acessar crédito, mas o governo federal
quer proibir todo mundo de acessar”, queixa-se Rui. Ele acrescentou que não
pode haver tratamento diferenciado entre as regiões. “Para resolver o problema
do Sul e do Sudeste, o Nordeste não pode ser sacrificado”. As observações
também atingiram o Judiciário baiano: Rui lembrou o impasse da Arena Fonte
Nova, que permanece proibida de fazer grandes eventos por conta de uma liminar,
baseada na nova Lei do Silêncio.
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