terça-feira, 25 de março de 2014

Pensargrande sempre foi a favor dessa importante obra...e continua achando ser questão de tempo sua consumação

Contratado estudos Urbanísticos para construção da ponte




Foi publicado no Diário Oficial da Bahia desta segunda-feira (24), a assinatura do contrato entre o Governo do Estado e o consórcio vencedor da licitação de estudos urbanísticos do projeto da ponte Salvador – Ilha de Itaparica, que integra o plano de desenvolvimento da Região Metropolitana de Salvador, Recôncavo e eixo litorâneo sul. Na licitação que levou em conta as modalidades técnica e preço, o consórcio ganhador, que é formado pelas empresas Demacamp, Instituto Polis e Oficina Engenheiros e Consultores Associados, apresentou o valor de R$ 7,3 milhões, um deságio de 10,9% no valor inicialmente estimado.
A contratação visa planejar a ocupação e o desenvolvimento urbano na área diretamente impactada pelo projeto, o que inclui subsídios para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) dos municípios de Itaparica e Vera Cruz e a elaboração de um PDDU Intermunicipal.
De acordo com o secretário do Planejamento do Estado, José Sergio Gabrielli, “este estudo é fundamental, pois dados preliminares apontam que nos próximos 30 anos, com a construção da ponte, a Ilha terá entre 60 e 80 mil novas residências, o que significa que a população saltará de aproximadamente 60 mil para 360 mil pessoas”, afirma.
O secretário destaca ainda que “os estudos também contemplam soluções para diminuir o impacto urbano e do tráfego de veículos nas cidades afetadas pelo projeto, como em Salvador, Jaguaripe, Aratuípe, Nazaré, Muniz Ferreira, Santo Antônio de Jesus e Castro Alves”, diz.
Os trabalhos que devem ser concluídos em até 240 dias prevê ainda o cadastramento georreferenciado das propriedades localizadas em áreas urbanas da Ilha de Itaparica, com intuito de fornecer informações e subsidiar futura estratégia de cobrança de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
Parceria
O titular da pasta do Planejamento destaca que as prefeituras, sobretudo de Itaparica e Vera Cruz, têm um papel fundamental. “O município é o ente federativo responsável pelo planejamento urbano e a contratação dos estudos de planejamento urbano respeita essa competência. As prefeituras coordenarão o trabalho de planejamento no que diz respeito ao seu respectivo município e o Governo do Estado supervisionará todos os estudos e coordenará os serviços que envolvem o conjunto das diversas cidades”, pontua Gabrielli.
O lançamento do edital para construção e concessão da ponte está previsto para o quarto trimestre de 2014 e após iniciadas as obras, estima-se a conclusão entre 48 e 60 meses. O projeto de construção da ponte, duplicação das rodovias e investimentos em infraestrutura, que em 2010 demandaria um investimento estimado de R$ 7 bilhões, atualmente está sendo revisto. Entre os motivos estão a redução da taxa de juros nestes quatro anos e o aprofundamento dos estudos. Mais informações podem ser obtidas no sitewww.pontesalvadorilhadeitaparica.ba.gov.br
Confira abaixo quais são as empresas que compõem o consórcio para a elaboração dos estudos urbanísticos do projeto da Ponte Salvador – Itaparica:
Demacamp – Fundada em 1999, a empresa realiza trabalhos na área de Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo. Entre seus principais projetos de meio ambiente estão os planos de gestão urbana de Campo Grande e Barão Geraldo (em Campinas – SP) e nos projetos de urbanismo os principais clientes são as prefeituras de Osasco, Vinhedo, Jaguariúna e Campinas.
Instituto Polis – Fundado em 1987, o Instituto Polis é uma fundação não governamental brasileira que visa apoiar iniciativas de democratização da gestão pública municipal e a formulação de políticas públicas inovadoras. É referência mundial no tema de sustentabilidade nas cidades.
Oficina Engenheiros e Consultores Associados – empresa de engenharia com foco em Mobilidade Urbana e Transportes. Foi responsável pela análise funcional do projeto de ligação metropolitana São Paulo-São Bernardo do Campo de metrô-leves, modelagem da demanda de transportes para os Jogos Olímpicos de 2016, projeto funcional dos BRT´s de Belo Horizonte, entre outros.

Projeto
Diferente do que muitos acreditam, o debate sobre a construção da ponte Salvador – Ilha de Itaparica e a necessidade de integração do fluxo de mercadorias, serviços e pessoas entre Salvador, Recôncavo e a Ilha não é recente. Já em 1967, o arquiteto Sérgio Bernardes formulara uma proposta dentro do Plano Diretor do Centro Industrial de Aratu (CIA), que criava um anel viário, com três tipos de traçados, sendo duas para o trânsito de veículos pesados, além de uma ponte interligando a capital e a Ilha de Itaparica.
Apesar de algumas obras terem sido executadas, como a BR-324 e a BA-001, a ponte para atravessar a Baía de Todos-os-Santos (BTS) não havia saído dos arquivos públicos até o Governo atual decidir alavancar obras estruturantes. Com aproximadamente 12 quilômetros, a ponte Salvador- Ilha de Itaparica será a segunda maior da América Latina e ocupará a 23ª posição um ranking mundial de pontes sobre mar, rio e baía. Longe de ser apenas um desafio de engenharia, a obra surge como um potencial vetor de crescimento e desenvolvimento socioeconômico, que beneficiará, especialmente, a Ilha de Itaparica, o sul do Recôncavo e Baixo Sul.
Segundo Gabrielli, estas regiões foram esquecidas pelo capital privado durante muitos anos. “O Litoral Norte concentrou mais de 90% dos investimentos privados relacionados ao turismo no Estado e mais recentemente, com o mercado imobiliário”, destaca o secretário, que explica ainda que este cenário está chegando ao limite. “A integração de Salvador com a Ilha de Itaparica reduzirá em até 200 km o percurso que os veículos fazem na direção Sul/Norte, passando pela Baía de Todos-os-Santos, o que trará maior dinamismo à economia da região. Do ponto de vista urbano, isso também cria uma nova alternativa para a expansão imobiliária e possibilidade de organizar a ocupação, que hoje, infelizmente, é desordenada”, detalha o secretário.
Esse conjunto de questões e oportunidades caracterizará a intervenção que o Governo da Bahia pretende fazer com a construção da ponte, que está inserida num programa de desenvolvimento regional. O objetivo é integrar a expansão urbana com a intensificação do fluxo comercial, seja de cargas ou passageiros, viabilizando, portanto, uma redefinição completa dos municípios de Salvador, Itaparica, Vera Cruz e Jaguaripe, além de impactos na contra costa do Recôncavo, Baixo Sul, norte do Litoral Sul e parte do Portal do Sertão.
Como efeito positivo, espera-se que a construção da ponte, que não representa exclusivamente um projeto viário, eleve a competitividade da região, aumente a atratividade para instalação de novas empresas e indústrias, fortaleça as atividades das empresas existentes (como o Estaleiro São Roque do Paraguaçu), alavanque o potencial das cidades do Recôncavo baiano e fomente o turismo e desenvolvimento imobiliário no litoral sul da Bahia e na Ilha de Itaparica. Todos estes aspectos proporcionam um aumento de empregos na região, elevando a renda das famílias e melhorando a qualidade de vida da população.

 Fonte:SEPLAN

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