Ag. A TARDE
Depois de um telefonema do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo apoio para o candidato Nelson Pelegrino (PT) no segundo turno, o radialista Mário Kertész, candidato do PMDB na primeira fase da campanha, declarou, nesta quinta-feira, 11, que estará ao lado do petista em Salvador.
Kertész disse que a cidade está "acabada" e que Pelegrino "tem o apoio do governo federal, e do governo do Estado, fundamental para o resgate da cidade" - reforça, assim, argumento usado por ele nos programas eleitorais.
Kertész, que obteve 9,43% dos votos válidos (121,8 mil) e já se desfiliou do partido, segue caminho oposto ao do PMDB. O partido do ex-ministro Geddel Vieira Lima decidiu, contrariando a aliança nacional, pelo apoio ao candidato do DEM, ACM Neto.
Aliado do PT no plano nacional, o PMDB na Bahia faz oposição ao governador Jaques Wagner (PT).
Feliz com o apoio recebido de Kertész, Pelegrino aproveitou para criticar a aliança DEM/PMDB. "Geddel contrariou decisão nacional do seu partido". O petista lembrou que eles repetem a aliança de 2008 (elegeram o prefeito João Henrique), e de 2010 (contra Wagner). "Mas fiquei com o melhor. Fiquei com o apoio de Mário e do PSC", outro partido que apoiou a candidatura do radialista.
"Não sou murista" - Na coletiva que deu à imprensa, após anunciar sua opção no Programa Balanço Geral, da Rede Record, Mário Kertész sustentou que não teria porque se omitir no segundo turno. "Não sou murista. Não caberia ficar neutro, me isentar. Sempre assumi posição. E, diante do cenário, Pelegrino é o melhor".
O radialista disse que continuará na Rádio Metrópole, sendo o âncora de seus programas, e que vai gravar mensagem a favor de Pelegrino para o programa eleitoral.
Kertész foi enfático ao dizer que não aceita qualquer contrapartida a este apoio.
"Não pedi nada a ele (Pelegrino). Não aceito nenhum cargo na prefeitura. Não estou na vida política, eu sou comunicador, não faz nem sentido", assinalou ele.
Kertész disse que não saiu do PMDB brigado. "Pedi a desfiliação sem nenhum tipo de briga. Disse, desde o início, que não queria uma vida política. Como não sou candidato a mais nada, não possuo motivos para permanecer filiado.
Encerrei minha vida político-partidária", frisou
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