Biaggio Talento - Publicação A Tarde
Presidente diz que não persegue ou faz discriminações
.A presidente da República Dilma Rousseff usou uma frase irônica para pedir que os eleitores de Salvador escolham seu companheiro de partido, Nelson Pelegrino (PT), em vez do adversário ACM Neto (DEM): "Aqui não pode ter um governinho, um governo pequinininho", disse, no comício petista realizado na noite desta sexta-feira, 19, num campinho de futebol do bairro de Cajazeiras X.
A alusão à estatura do candidato do DEM já havia sido feita por outra estrela do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no episódio em que o deputado ACM Neto havia ameaçado dar uma surra nele. O ex-presidente chamou-o de "naniquinho".
Dilma disse que não veio a Salvador "falar mal de ninguém, vim falar bem de Pelegrino". Alertou, contudo, que o grupo político do candidato do DEM não teria o mesmo objetivo do que governa o País.
"Tem gente que votou contra a Lei de Cotas (raciais), que falou que bolsa família era bolsa esmola, que acha um absurdo financiar casa subsidiando para a população carente, que não devíamos abrir as escolas particulares para a população mais pobre do País, mas nós abrimos e hoje mais de um milhão de jovens tiveram acesso à universidade por causa do Prouni", afirmou a presidente;.
Alinhamento - Dilma reafirmou a tese defendida por Pelegrino de que é necessário um alinhamento entre a prefeitura e o governo federal. "Meu governo é do bem, não gosta de perseguição, não gosta de vingança, não gosta de gente que discrimina, mas para esse governo dar certo, precisa de gente que age como um time e aqui na Bahia meu time está aqui no palanque", salientou.
Depois, afirmou: "Eu sou de um governo e de uma tradição republicanas. Nós jamais perseguimos ou discriminamos ninguém. Nós tratamos todo mundo com respeito, porque gostamos do respeito. Mas isso não significa que eu não sei quem faz parte do meu projeto, do meu time, da minha família. E quem faz parte tem nome: Pelegrino".
Novela - Dilma, Pelegrino, o governador Jaques Wagner, vários deputados e autoridades, além dos candidatos a prefeito derrotados no primeiro turno que aderiram à campanha do PT, o deputado Márcio Marinho (PRB), Mário Kertész (PMDB) e Tadeu da Luz (PRTB) subiram no palanque por volta das 20 horas, mesmo com a concorrência do último capítulo da novela Avenida Brasil, que gerou uma disputa judicial entre o PT e o DEM sobre a exibição do programa num telão para o público, o que acabou proibido.
A festa petista terminou às 20h55, cinco minutos, portanto, antes do início da novela. Muita gente deve ter perdido pelo menos o início do capítulo porque a região onde foi realizado o comício travou completamente devido à movimentação de veículos de autoridades, polícia e ônibus que transportaram militantes de diversos bairros da capital baiana. A Polícia Militar estimou o público presente ao comício entre seis mil e oito mil pessoas.
Promessas - O governador Jaques Wagner chegou a brincar com a polêmica. Disse que "o lado de lá (DEM)" pensou que o público não viria por causa da novela. Mas no seu entendimento as pessoas não iriam perder a oportunidade de ouvir o discurso da presidente Dilma e poderiam assistir ao capítulo final da novela neste sábado, quando é repetido.
Pelegrino, Wagner e Dilma fizeram muitas promessas para Cajazeiras. O candidato petista apresentou uma lista de intervenções que disse que vai fazer se for eleito prefeito como a avenida ligando o bairro à rodovia BR-324 e o extensão do metrô de Salvador até a região.
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