domingo, 3 de junho de 2012

Zonas portuárias - agora é Ilhéus

Fiz comentários sobre a de Buenos Aires, Rio de Janeiro e Santos e deliberadamente deixei como últimos capítulos a de Ilhéus e de Salvador.

Por precisar de menor investimento e de muita vontade e compreensão vou focar nesse capitulo a zona portuária do antigo porto de Ilhéus.

Levo em consideração que na visão de futuro sempre a abrangência dos motivos que levam a decisão tem que beneficiar o povo, o ambiente, sempre que possível preservar a história e que dessas ações não tragam o ônus para o governo, pois em sendo gestor dos recursos do povo, quando acontece imprudência, ignorância da autoridade o prejuízo é da população.

Pelo que sei há alguns anos como a Baía do Pontal (mistura de água do oceano e do rio Cachoeira, sua foz estava muito perto)já não oferecia condições de abrigar um porto pela sua incapacidade de receber navios que exigiam maior calado, pelas suas águas não permitirem por falta de largura de sua parte navegável navios sempre de tamanhos maiores, pessoas responsáveis pela sobrevivência de Ilhéus e dos outros tantos municípios da região buscaram a modernização e lutaram pela construção de um novo Porto o de Malhado. Há quem afirme que o local foi equivocadamente escolhido, pois embora de mar aberto, seu inicio em terra firme continuava na área urbana no final da Av.Soares Lopes no bairro da cidade Nova se considerado o inicio da Avenida nas proximidades da Catedral, ou no inicio da Avenida Soares Lopes se considerado o km zero dessa avenida próximo a Concha Acústica.

Com a construção do Porto do Malhado se escoou por um bom tempo toda a produção de cacau da região.

Hoje está provado que os navios sempre maiores faz que as possibilidades de portos pequenos, de calado insuficiente para as operações de embarque e desembarque dos grandes cargueiros sejam poucos usados e mister se faz a construção de novos equipamentos que no caso a bola da vez é o Porto Sul futura redenção da região.

O Objetivo deste comentário sem dúvida é a zona portuária do antigo porto da Baía do Pontal.

O que restou de pé do antigo porto? Alguns armazéns, um deles servindo a Cesta do Povo, outro requalificado onde brevemente será inaugurado o Terminal Pesqueiro e quantos outros?

Nas proximidades foi construído o Terminal Urbano , para a base de saída e chegada dos ônibus que trafegam do centro para os vários bairros e distritos, com serviço considerado razoável se comparado a de outros municípios (falta banheiros públicos dentre outras coisas)mas quase sempre está limpo.

E a área defronte do Terminal Urbano, o que se pode comentar sobre ela?

Existe parte de esqueleto de construção antiga,numa amostra que a favelização de Ilhéus mostra cara em qualquer lugar, aliás um município que encolhe em população, em serviços e em governabilidade e isso é letra e melodia de anos a fio...as vezes o local parece resultante de um bombardeio e/ou de um incêndio ocorrido há anos. Nessa área muito lixo, sanitário a céu aberto, ratos passeando, mato crescido, uma verdadeira esculhambação.

E afinal o que aconteceu nesse lugar?

Ali em 1927 foi construída a Usina Vitoria, que já estava desativada há mais de 30 anos, quando a Prefeitura resolveu fazer sua demolição.

Destruição de parte da história de Ilhéus ou necessidade de fazer a cidade desenvolver?

A Usina era lembrança de um passado de homens ricos poderosos e de um povo pobre,mas mantinha a memória antiga e rica de Ilhéus.

Seria um ato arbitrário de um governo estúpido escolhido pelo povo que ainda não aprendeu a votar?

Fato é que a visão de hoje é uma afirmativa que jamais poderá ser reconstruída, pois seus restos da construção bem feita, não seria cabível investimentos tão oneroso para se transformar no máximo em um museu no futuro.

A verdade por mais fria que possa parecer não vai deixar de ser verdade e a questão que se encontra na Justiça e que certamente vai levar anos para uma solução seja qual for o resultado quem perdeu foi a cidade e por isso não vou polemizar, pois a situação real e até cruel é que “águas passadas não movem moinho”. Se a Prefeitura perder quem paga é o povo se ganhar quem já perdeu também foi o povo.

É de bom tom imaginar que a área pertencente a Usina Vitoria, por interferência do MP, pudesse ser usada como um espaço do povo, com jardins, quiosques, posto policial, sanitários públicos,etc com o compromisso da área ser desocupada para entrega ao vencedor da questão por prazo estabelecido na dependências das benfeitorias realizadas. Tal fato seria uma grande colaboração ao meio ambiente, aos habitantes , passantes e turistas.

O desenvolvimento e o progresso enxerga os degradados armazéns ainda existentes e suas áreas de entorno, possíveis de beneficiar a cidade com a aplicação de recursos públicos e privados e nessa participação a CODEBA, poderia entrar com a cessão dos bens e neles serem construídos a exemplo de Buenos Aires, bares,lanchonetes, restaurante, ampliação de estacionamentos com feérica iluminação na área e bom policiamento (no local já existe Delegacia da Policia Civil, DPT)
Esta é minha opinião.

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