O bairro do Comércio cujo limite era entendido como da Praça Cairu até o Quartel dos Fuzileiros, próximo a entrada do Túnel Américo Simas era tido e havido como o centro comercial, financeiro e econômico da capital da Bahia, a linda Salvador. Nessa área muitos bancos com suas matrizes ( Banco da Bahia, Econômico, do Estado da Bahia) e dezenas de filiais de organizações de outros estados e países que inclusive hoje são apenas lembranças e histórias.
Hoje essa área está lutando para continuar existindo, pois são inúmeras as edificações públicas e privadas subutilizadas, abandonadas, degradadas e principalmente observadas dos mirantes ou belvederes da cidade alta refletem o descaso das autoridades e a falta de iniciativa para obtenção de investimentos e aplicações por parte de empresas privadas que de certo transformariam esse trecho da cidade no mais frequentado, no mais badalado e de maior valoração, fato já ocorrido em Buenos Aires, capital da Argentina.
Inicialmente os órgãos do poder central do país tem que se dispor a acabar com as travas do desenvolvimento, negociando a mudança de leis que permitam aos investidores estrangeiros utilizar seus recursos financeiros em infraestrutura que lhes pudessem oferecer lucros seguros e duradouros e que trariam empregos e ampliaria rendas dos habitantes da terra.
A zona portuária de Salvador assim como todos os bairros da cidade baixa precisam de uma requalificação ampla e total e certamente os poderes públicos (federal, estadual e municipal) não possuem recursos financeiros para tal; daí a preservação, melhorias, revitalização e modernização vai depender de investidores, desde que haja um plano sólido, capaz e que afaste de uma vez por todas a desconfiança e a conhecida corrupção.
Para principio de conversa vou separar por áreas para uma intervenção mais eficiente e viável e como elemento facilitador sugiro (a flexibilidade é ampla) três áreas a saber:
01- da orla do inicio da Avenida do Contorno (incluindo a antiga praia da Preguiça até a Feira de São Joaquim), com especial atenção para o centro do comércio, que tem inúmeras edificações que precisam ser demolidas ( em seus lugares se criaria estacionamentos), muitas outras edificações que poderiam ser transformadas em áreas residenciais, outras com escritórios, e empresas das áreas de serviços abrangendo educação( já existe algumas faculdades) e saúde e também com investimentos maciços em áreas de lazer, cultura e turismo ( com a construção de pousadas e hotéis).
E toda essa reformulação com a demolição de armazéns não utilizáveis, abrindo espaços livres de visão para o mar da Baia de Todos os Santos;
02 - outra área indo de São Joaquim até a Ribeira, passando pelas praias da Calçada, Canta Galo, Boa Viagem, Bonfim, Ribeira e nessas áreas com aproveitamento do mar com a construção de marinas, que dariam empregos a população hoje tão ociosa.
03 - e por fim os beneficios abrangeriam a área que vai da Praia da Preguiça, passaria pelo Unhão, Campo Grande, Vitoria, Ladeira da Barra até a Praia do Porto, aquela dos dois fortes e tudo isso visando o descortinio da Baía de Todos os Santos, com imensos calçadões, ciclovias, jardins, uma verdadeira festa para os olhos da população.
Essa última área possivelmente seria a mais difícil para a consumação de obras de tal porte, pois os afortunados da sorte, os possuidores da grana ali instalados, com pier particulares, teleféricos e outras mordomias propiciadas pela natureza não vão deixar fazer
Em todos os trajetos da cidade baixa vão precisar da construção de túneis, passarelas, viadutos, estacionamentos e entre as cidades alta e baixa a construção de escada rolante ( na Colômbia existe em altura mais elevada do que seria em Salvador), teleféricos.
Ia esquecendo dentre os prédios famosos basicamente em desuso está o do Instituto do Cacau ( o que poderia ali ser construído ? um hotel, uma escola, um Hospital, um Museu, uma creche para as mães empregadas na área? )
É de muito bom alvitre não esquecer que o Porto de Salvador necessita de uma grande ampliação, com a construção de novos berços, de área para armazenamento de conteineres e tudo inerente ao seu uso de forma a trazer recursos e facilidades para o governo, empresários e a população, através de possibilidades da geração de empregos.
Para finalizar há algum tempo estive lendo um projeto da nova cidade baixa assinado pela Brasil Arquitetura e realmente Salvador precisa que seus políticos acordem pois o mundo continua a crescer e para crescer não é preciso abandonar o passado e sim moderniza-lo e oferecer condições de um bom uso com segurança, higiene e respeito a natureza.
Ouso fazer uma pergunta: Qual a razão e o motivo de um Quartel entre ruas em pleno centro comercial de uma cidade? Estou citando O Quartel dos Fuzileiros em Salvador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário