Bruno Góes
bruno.goes@oglobo.com.br
O presidente da OAB-RJ Wadih Damous ofereceu ontem assistência jurídica ao filho do jornalista Vladimir Herzog, Ivo Herzog. O apoio foi anunciado no mesmo dia em que Vladimir completaria 75 anos.
Ele foi torturado e morto no DOI-Codi, em São Paulo. Depois da negativa do governo brasileiro para reabrir a investigação a pedido da Organização do Estados Americanos (OEA), Ivo vê uma nova brecha para que o caso seja esclarecido.
- Foi um resposta ruim a do governo brasileiro no caso da OEA. A gente sempre tem a esperança de que vá haver um novo entendimento do governo brasileiro em dar prosseguimento sobre a apuração dos crimes cometidos contra o meu pai. Nesse processo, inclusive, a gente notou que há uma brecha.
Um caminho novo a seguir, que está na sentença do juiz Márcio Moraes, de 1978. Em seu despacho, ele ordena a reabertura do inquérito público militar, baseado no artigo 40 do Código Penal. Essa ordem judicial nunca foi cumprida. Então acho que vamos ter uma outra oportunidade - disse Ivo.
Wadih Damous comprometeu-se a ajudá-lo, e entregou um DVD ao filho do jornalista com uma campanha feita pela OAB-RJ sobre a memória de desaparecidos durante a ditadura militar.
- Nós vamos dar todo o apoio possível a você. Pode ficar tranquilo que todo o nosso aparato vai estar a sua disposição.
Até porque se o inquérito não foi reaberto, temos que reabrir - afirmou Wadih ao filho de Herzog.
Eles argumentam que o descumprimento de uma ordem judicial é crime
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