O número de mortos devido ao terremoto e ao tsunami do dia 11 no Japão aumentou neste domingo para 10.668, enquanto outras 16.574 pessoas ainda estão desaparecidas, segundo o último cálculo da polícia japonesa
Além disso, cerca de 240 mil pessoas continuam refugiadas em 1.900 centros de evacuação por causa do desastre, que representa a pior crise do Japão após a Segunda Guerra Mundial.
Há, pelo menos, 18 mil casas destruídas e mais de 130 mil prédios danificados, sobretudo nas regiões litorâneas do nordeste japonês, onde as temperaturas abaixo de zero grau, como em Iwate, complicam a situação do desabrigados mais idosos.
Segundo os números oficiais, em Miyagi houve 6.477 mortos, em Iwate 3.185 e em Fukushima 948, enquanto os desaparecidos se contam em milhares nessas três províncias, as mais devastadas pelo terremoto e posterior tsunami.
VALAS
O grande número de vítimas nas províncias de Miyagi e Iwate obrigou as autoridades a enterrarem muitas vítimas em valas comuns temporárias, perante a impossibilidade de continuar com as cremações.
Do total de pessoas refugiadas, cerca de 33.500 foram transferidas para outras regiões do Japão, como Niigata, Saitama e Gunma, segundo dados recolhidos pela televisão NHK.
A maioria delas provém de Fukushima, onde a crise nuclear obrigou a evacuação de uma área de 20 quilômetros e fez com que, na sexta-feira, o governo japonês recomendasse aos moradores em um raio de 30 quilômetros que abandonassem o local.
GESTÃO
Cerca de 58% dos japoneses desaprovam a gestão de seu governo na crise nuclear de Fukushima frente a 39,3% que se mostram propícios, segundo uma pesquisa divulgada neste domingo pela agência Kyodo.
O dado mostra que a maioria não aprova a gestão do Executivo no acidente nuclear na usina de Fukushima, provocado pelos efeitos do terremoto e posterior tsunami do dia 11 de março no Japão.
Por outro lado, 57,9% afirmaram estar de acordo com a maneira na qual o governo do primeiro-ministro, Naoto Kan, está realizando os trabalhos de assistência às vítimas do terremoto e tsunami, que devastaram a costa nordeste japonesa.
O manejo da catástrofe natural permitiu que o índice de apoio a Kan tenha aumentado 8,4 pontos, para 28,3%, desde a última pesquisa, realizada em fevereiro, e apesar do desacordo dos cidadãos sobre a gestão da crise nuclear.
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