BC sobe previsão de inflação para 2011
O Banco Central subiu ontem a sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, informou a autoridade monetária por meio do relatório de inflação do primeiro trimestre.
A previsão anterior, feita em dezembro do ano passado, era de que a inflação ficasse por volta de 5% em 2011. No documento divulgado ontem, a expectativa da autoridade monetária avançou para 5,6%.
Apesar do aumento de sua estimativa de inflação, o Banco Central ainda prevê menos inflação do que o mercado financeiro.
Os economistas dos bancos acreditam que o IPCA ficará por volta de 6% neste ano e de 4,9% em 2012.
No chamado “cenário de mercado”, que utiliza as projeções dos economistas das instituições financeiras e que, portanto, é considerado mais factível, a projeção do BC para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 4,8%, em dezembro do ano passado, para 5,6% no documento divulgado ontem.
Para 2012, a projeção subiu de 4,5% para 4,6%.
No chamado “cenário de referência”, a projeção do Banco Central para o IPCA de 2011 passou de 5%, em dezembro do ano passado, para 5,6% no relatório de inflação de março divulgado ontem.
Para 2012, a estimativa do BC para a inflação recuou de 4,8% para 4,6%.
Este cenário não considera a expectativa dos economistas do mercado financeiro de subida dos juros por parte do BC.
O mercado acredita que os juros subirão dos atuais 11,75% ao ano para 12,25% ao ano até o fim de 2011.
No Brasil, vigora o sistema de metas de inflação, pelo qual o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central tem de calibrar a taxa de juros para atingir uma meta pré-determinada com base no IPCA.
Quando sobe os juros, julga que a expectativa de inflação está incompatível com a trajetória das metas.
Para 2011 e 2012, a meta central de inflação é de 4,50%. Entretanto, há um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Com isso, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
Deste modo, a inflação deve ficar, segundo as estimativas do BC, acima do centro da meta neste ano, por volta de 5,6%, mas ao redor da meta central no ano que vem.
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