No primeiro semestre deste ano o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançará novo edital para captar projetos interessados na restauração do bioma da Mata Atlântica.
O anúncio foi feito nesta sexta-feira (25), em reunião na Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia (Seplan), por representantes do Departamento de Meio Ambiente do banco.
Participaram do encontro os secretários estaduais Zezéu Ribeiro (Planejamento), Eugênio Spengler (Meio Ambiente) e o representante do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Renato Ferreira.
Entre as novidades em relação à edição anterior, realizada em 2009, estão a ampliação da área enquadrada – de quatro mil hectares para seis mil hectares – e a sinergia com as diretrizes de governos estaduais e do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
De acordo com o secretário Zezéu Ribeiro, esta é uma excelente oportunidade para o governo baiano e o BNDES realizarem ação sinérgica de modo sistemático e estruturante. “Além do Estado indicar as áreas prioritárias para o apoio do banco, devemos propor projetos que equacionem a restauração dos biomas, especificamente o da Mata Atlântica, e o fomento de cadeias produtivas de viveiros”.
Segundo o chefe do Departamento de Meio Ambiente do BNDES, Márcio Macedo, este encontro tem o objetivo de coletar subsídios para estruturar o chamamento público. “Queremos soluções territoriais, ou seja, integração com as iniciativas dos estados.
Aqui na Bahia estamos vendo quais são as demandas por reflorestamento e as cadeias de mudas e viveiros para realizar projetos integrados”.
Uma das estratégias discutidas para ampliar o número de projetos de restauração de biomas foi a possibilidade do governo estadual ou federal garantir a compra de sementes das associações e cooperativas. “Transformar os bancos de sementes e a plantação de mudas em um negócio pode ser uma das estratégias para sensibilizar os diversos atores da importância do reflorestamento”, afirma o chefe de gabinete da Seplan, Benito Juncal.
Eugênio Spengler pontuou que a Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia (Sema) encaminhará um projeto de apelo internacional, com enfoque na Chapada Diamantina, e fará a provocação para que outros biomas sejam contemplados. “Vamos elaborar projetos para a caatinga e o cerrado, além de organizar uma estratégia de recuperação de matas ciliares”, afirma Spengler.
O engenheiro do Departamento de Meio Ambiente do BNDES, Luiz Rodrigues, diz que o primeiro edital contemplou mais de 30 projetos, entre os quais, três na Bahia. “Temos aprovado e apoiado para o Estado da Bahia 220 hectares para o Parque Monte Pascoal, e outros dois estão em análise - 200 hectares do Parque Conduru e 72 hectares da região do extremo sul”. Segundo Macedo, o objetivo para o próximo chamamento público é reduzir o valor de restauração por hectare, que hoje corresponde a R$ 15 mil.
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