Morais decide voltar ao futebol e Bahia está com "portas abertas"
Em entrevista ao Lancenet!, meia de 28 anos fala sobre período de inatividade e mostra disposição para voltar a atuar
Morais: longe dos gramados desde junho
Morais quer voltar ao futebol. Ou melhor, "ressuscitar" no esporte. Longe dos gramados desde o mês de junho, quando teve o contrato com o Bahia encerrado e decidiu dar um tempo para reflexão, o meia de 28 anos pretende dar fim a sua aposentadoria precoce. Vivendo com a família em Maceió, sua cidade natal no Alagoas, ele admite que chegou a hora de mostrar que ainda pode render com a bola no pé.
"Eu quero voltar a jogar. Claro que é importante estar num grupo forte. Não precisar dar de herói. Sofri no Vasco, o clube passou momentos complicados, sem dinheiro, e eu sempre renovando o contrato, achando que era herói, e está cheio de herói por aí no cemitério. Quero jogar, pegar um clube bom", disse em entrevista ao Lancenet!, planejando fazer pré-temporada em janeiro de 2013.
O Lancenet! também bateu um papo com o gestor de futebol do Bahia. Paulo Angioni ficou contente com a notícia e deixou claro que o Fazendão receberia Morais de braços abertos. "O Bahia sempre estará de portas abertas para o Morais. Eu não mando no Bahia, tem um presidente (Marcelo Guimarães Filho) que manda, que está do meu lado ouvindo o que estou dizendo. Esse é o pensamento de todos nós aqui. Se ele quiser voltar, o clube está de portas abertas", disse o dirigente.
"Morais é uma das pessoas mais especiais que conheci no futebol. Não só para quem é amigo, mas para a classe de jogadores. Lamento profundamente o momento que passou, mas respeitei. Quando foi para o Bahia pela segunda vez, ele já estava descrente das coisas da vida", completou Angioni.
Razões
Entre as razões que fizeram Morais decidir por interromper sua carreira estão dramas médicos - o principal deles vivido pelo pai do atleta, Manoel, de 62 anos, que sofre de diabetes e mal de Parkinson. O jogador decidiu cuidar do pai depois de 15 anos longe de casa. O próprio atleta também vinha sofrendo com fortes dores de cabeça no início do ano, relacionadas a stress e questões psicológicas. A chamada "cefaleia de tensão" foi curada com tratamento homeopático.
"Achei que seria mais fácil estar longe da bola, mas é complicado ficar em casa. Pensei: 'Vou dar um tempo, de repente até largo (o futebol)'. Lembrei o que o Ronaldo falou. 'Jogador de futebol morre duas vezes'. Morre quando para de jogar e na vida. Quero ressuscitar", afirmou o alagoano de 28 anos. Angioni faz questão de frisar: "Ele tem muito a contribuir com o futebol ainda".
Matéria original: iBahia
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