Tribuna da Bahia
Lílian Machado REPÓRTER
Embora a crise internacional persista, evidenciando uma política de recessão, a presidente Dilma Rousseff (PT) prefere apostar no otimismo para avançar nas políticas sociais e econômicas no país. Esse foi um de seus recados ontem, durante o lançamento da pedra fundamental do Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EEP), em Maragogipe, recôncavo baiano e na cerimônia de batismo da plataforma P-59 da Petrobras.
A líder nacional deixou claro que o país continuará com uma política de incentivo aos investimentos, sinalizando que nesse quesito irá seguir as lições de seu mentor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao lado do governador Jaques Wagner (PT), da primeira-dama, Fátima Mendonça, da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, do ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, do ex-presidente da Petrobras e atual secretário de Planejamento do Estado, José Sérgio Gabrielli e do prefeito de Maragogipe, Sílvio Ataliba (PT), a presidente criticou o posicionamento dos países europeus pela política recessiva. “Nós vamos aproveitar a oportunidade que uma crise sempre traz”, disse ao destacar que continuará “distribuindo os bônus para o povo”.
Na ocasião, relembrando a expressão do seu antecessor, disse que o País vive uma realidade “nunca antes vista”. Apesar do cenário pré-eleitoral, a presidente não falou sobre política, no entanto teria reiterado o apoio ao candidato Nelson Pelegrino (PT) a prefeitura de Salvador ao ser recebida por ele no Aeroporto Dois de Julho.
Demonstrando que o país deve aproveitar as potencialidades e oportunidades que tem, a presidente destacou que tem montado estratégias econômicas. Segundo ela, os juros nunca estiveram tão baixos, assim como os impostos estão sendo reduzidos e as taxas de câmbio estão sendo trabalhadas no sentido de não prejudicarem a indústria brasileira. Dilma enfatizou que não irá “reduzir os salários e os ganhos sociais que os trabalhadores conquistaram ao longo de uma vida de luta”, mesmo diante dos desafios de uma crise.
Conforme a presidente, alguns países, a exemplo da Espanha, estão cortando o 13° salário dos trabalhadores, “30% do salário dos vereadores e aumentando os impostos e o país vai de mal a pior”.
Em seu pronunciamento ela chamou a atenção para a conquista da Plataforma ao dizer que: “Por muito tempo disseram que não era possível, que estávamos loucos em querer construir plataformas”, disse se referindo ao fato de que a última plataforma de perfuração autoelevatória teria sido construída pela Petrobras há 30 anos.
Construída no canteiro São Roque do Paraguaçu, distrito do mesmo município, em 44 meses, pelo consórcio formado pelas empresas Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC a plataforma recebeu um investimento de R$ 360 milhões pela Petrobras. O objetivo é atender às demandas operacionais de exploração e produção da companhia nos próximos anos.
O governador Jaques Wagner enfatizou o papel do ex-presidente Lula e a continuidade do trabalho da presidente Dilma para que a Bahia voltasse a ter investimentos na área da indústria naval com a construção das plataformas P-59 e P-60, esta última ainda em construção.
“A Bahia já teve uma indústria naval importante, que entrou em um período longo de decadência, e que agora ressurge com a construção do Estaleiro Enseada do Paraguaçu e a construção das plataformas de perfuração de petróleo”, disse ressaltando também a responsabilidade do governo do Estado em liberar a área para a construção do estaleiro.
O Estado também participou nas negociações para implantar em Maragogipe o consórcio responsável pelo Estaleiro Enseada do Paraguaçu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário