Foto:
Luis Macedo / Câmara dos Deputados
O
executivo José Antunes Sobrinho, um dos donos da Engevix, desistiu do acordo de
delação
premiada que estava negociando com a força-tarefa da Lava Jato. Foi o executivo
quem citou o pagamento de R$ 1 milhão para o presidente interino Michel Temer
(PMDB) e prometeu entregar provas da propina - os recursos seriam um
agradecimento à participação em contrato de R$ 162 milhões da Eletronuclear,
referente à usina de Angra 3. De acordo com O Globo, os advogados de Sobrinho
justificaram a desistência com uma mudança de estratégia provocada pela
absolvição de seu cliente, em maio, em uma das ações da operação por falta de
provas de participação em crimes referentes à Petrobras. Os investigadores da
Lava Jato, no entanto, desconfiam que a suspensão do acordo tenha outras
motivações, já que Sobrinho ainda é investigado em outras frentes, como
propinas no setor elétrico e na usina de Belo Monte. A defesa do executivo
descarta a retomada do acordo, já que os casos não estão mais com a força-tarefa
da Lava Jato. Nas três propostas apresentadas, Sobrinho citava políticos e
operadores do PT e PMDB, além de que teria ido duas vezes ao escritório de
Temer, no Itaim Bibi, em São Paulo, para tratar de contratos na Eletronuclear,
acompanhado do coronel da Polícia Militar João Baptista Lima Filho, um dos
donos da empresa Argeplan, tratado como "pessoa de total confiança de
Michel Temer". Após os encontros com Temer, Sobrinho disse que foi cobrado
por Lima a pagar R$ 1 milhão de propina, a pedido do presidente; o pagamento
foi feito por meio de uma fornecedora da Engevix. Temer admitiu ter se
encontrado com Sobrinho e Lima, mas negou ter tratado de contratos da
Eletronuclear. A Argeplan negou que João Baptista Lima tenha recebido R$ 1
milhão destinados a Temer ou ter sido beneficiado em contrato com a
Eletronuclear
Fonte:Bahianoticias
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