
O governador eleito Rui Costa (PT) desembarca na Bahia, após quinze
dias de descanso com a família fora do País e, logo, após a sua chegada,
a ordem é intensificar a agenda com reuniões. O petista, que atribuiu à
equipe de transição a responsabilidade de fazer estudos com a
perspectiva de desenhos sobre como deve ficar o governo a partir de
janeiro, vai sentar com os titulares na próxima segunda-feira. O
encontro foi confirmado pelo secretário estadual da Fazenda e
coordenador do grupo de trabalho, Manoel Vitório.
“Vamos sentar com o governador eleito para apresentar e discutir os
cenários, a estrutura do governo, como vai funcionar e sobre como
otimizar a máquina”, disse Vitório, que alegou não poder adiantar mais
detalhes do plano. Segundo ele, as últimas semanas foram de intensa
atividade para todos que integram a equipe nomeada para estudar a gestão
e apresentar sugestões. “Muito trabalho mesmo, inclusive, nos finais de
semana”, citou. Além dele, está empenhado na tarefa o secretário da
Casa Civil, Carlos de Mello, a procuradora do Estado, Cláudia Moura, o
chefe de gabinete da Casa Civil, Adriano Chagas, o chefe de gabinete da
Secretaria de Administração, Rodrigo Pimentel, o superintendente de
Orçamento Público da Secretaria do Planejamento, Cláudio Peixoto. Está
ainda o coordenador executivo da Casa Civil, Luiz D’utra, e a
superintendente de Atendimento ao Cidadão da Secretaria da
Administração, Nelma Araújo.
Com a chegada de Rui, os bastidores giram em torno da estrutura
orgânica da gestão, além dos nomes que irão compor os cargos do primeiro
e segundo escalões, abrangendo a participação dos partidos. O
governador eleito deve contemplar PT, PSD, PP, PR, PCdoB, PTB, PMN, PHS e
PTdoB. Além disso, aparece na conta também o PSB, que apoiou a
presidente Dilma Rousseff (PT) no segundo turno.Há expectativa de que
comece ainda na semana que vem a conversa com os aliados. Quanto à
participação dos partidos, deve haver pouca variação, conforme calcula o
próprio presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação, que diz
aguardar ainda o diálogo com o futuro gestor. “Ainda não há informações
sobre isso (cargos e nomes). Somente quando ele chegar é que vão iniciar
as conversas. Essa questão deve está guardada a sete chaves”, afirmou.
Entre aqueles que poderiam permanecer no governo é citado nos
bastidores Manoel Vitório, o secretário de Relações Institucionais,
Cícero Monteiro, o secretário de Infraestrtura, Marcus Cavalcanti, e a
secretária de Ciência e Tecnologia, Andrea Mendonça. Porém, avalia-se
que a formação dos quadros estaria relacionada à arrumação em âmbito
federal. Cita-se que a depender do destino do governador Jaques Wagner
(PT), na Esplanada dos Ministérios, é possível que algum seja chamado a
acompanhá-lo. Por enquanto, o assunto ainda é uma incógnita, dependendo
dos diálogos que ocorrerão nas próximas semanas.
O modelo de gestão de Rui também é muito aguardado. Consta que ele dará
uma nova concepção, com mais cobrança e aprofundamento das políticas
públicas. O petista já saberia onde é preciso melhorar, a exemplo de
áreas mais complexas como a saúde, que embora o governador Jaques Wagner
(PT) tenha construído mais hospitais há muitas carências, com filas
longas de espera para atendimentos e cirurgias nas instituições
estaduais. Há promessas também em relação à educação. (TB)
Fonte:Bahiaeconômica
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