sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Novos empreendimentos vão criar 17 mil vagas no Polo de Camaçari



 De acordo com a projeção do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), até 2015, o Polo Industrial de Camaçari vai contar com investimentos que chegam a R$ 7 bilhões. Com expansão e criação de novos empreendimentos, o complexo vai gerar 17 mil novos postos de trabalho, direta e indiretamente. A maior demanda é para profissionais com nível técnico, o que representa 75% das vagas. Oportunidades surgirão em 2015
O superintendente do Cofic afirma que a maior demanda é para profissionais com nível técnico, o que representa 75% das vagas. A outra fatia do bolo fica com os profissionais de nível superior, que devem ocupar 25% das vagas disponíveis. 
Em nível técnico, as vagas são, predominantemente, nas áreas de operação, manutenção industrial, instrumentação, mecatrônica e mecânica. Já para o nível superior, a procura é maior por engenheiros químicos, mecânicos, elétricos e, mais recentemente, engenheiros de produção.
A maioria da demanda das empresas do Polo é para profissionais com nível técnico. Nível superior atende a 25% dos postos de trabalho (Foto: Divulgação)
“Essa é uma projeção de cinco anos, que partiu do ano de 2010 até 2015, e mostra o aumento de empregos gerados pelo Polo de Camaçari”, revelou o superintendente de Desenvolvimento de Pessoas e Comunicação do Cofic, Erico Oliveira.
Capacitação  
A qualificação profissional é imprescindível para quem deseja pleitear uma vaga no complexo. “É preciso que a pessoa tenha, no mínimo, o nível médio e uma extensão técnica se quer entrar. Algumas empresas escolhem as pessoas e oferecem a complementação específica para a necessidade do trabalho”, disse Erico.
Para Krícia Galvão, responsável por Pessoas & Organização Vinílicos da Braskem, empresa com indústria no Polo de Camaçari, a formação dos funcionários é importante para o desenvolvimento do profissional e para a competitividade da empresa.
“O integrante Braskem tem consciência da sua contribuição para a sociedade. É preciso saber lidar com as novas tecnologias, ter conhecimento abrangente das diversas etapas da cadeia produtiva, visão de negócio e de futuro, sempre aprendendo e buscando o autodesenvolvimento”, diz.
Ela explica que a empresa conta com funcionários de perfis variados, especializados em operação, caldeiraria, manutenção, mecânica, instrumentação e elétrica. “Há também médicos do trabalho, engenheiros ambientais e técnicos nas áreas de saúde, segurança e meio ambiente”, elenca.  
Ainda segundo Krícia, entre as formações mais requisitadas estão mecânica, elétrica, mecatrônica, eletromecânica, química e de segurança do trabalho.
O engenheiro de processo da planta de PE–3, da Braskem, Dimitri Guimarães de Oliveira Santana, sabe bem disso. Há dois anos na petroquímica, Dimitri compreende que sua formação como engenheiro químico lhe permite transitar por diversas áreas na empresa.
“É comum encontrar engenheiros químicos trabalhando em áreas como automação, ambiental, produção, segurança, assim como nas áreas de gestão, treinamento e vendas. Essa versatilidade é importante para entender os problemas que não são da área do profissional, mas que tem alguma influência na competitividade”.
Com um pouco mais de experiência, a engenheira de processos da PE2, da Braskem, Cintia Silveira Esperancine já trabalhou na indústria de açúcar e álcool, e está há mais de três anos trabalhando na petroquímica. 
Para Cintia, essa área possui grandes desafios e processos muito dinâmicos, e cabe aos profissionais se manter atualizados com as últimas tecnologias para fazer frente à concorrência. “Por ser uma área muito abrangente, é preciso continuar se especializando e estudando para conseguir maior atuação no mercado de trabalho”, disparou.
Krícia Galvão afirma que, apesar da Bahia contar com mão de obra qualificada, nem sempre é em número suficiente para atender a demanda da indústria. “Então, entendemos que nós temos que ser parceiros das instituições de ensino na formação desses profissionais
Especialização na área e conhecimento do mercado
Quem sonha em trabalhar na indústria petroquímica tem que ter, além de formação, compreensão de todo processo produtivo. Quem explica isso é Krícia Galvão, responsável por Pessoas & Organização Vinílicos da Braskem.
Para ela, o profissional ideal precisa servir às necessidades dos clientes da empresa. “Os profissionais diferenciados são aqueles que, além do saber técnico específico da área de atuação, têm compreensão da cadeia produtiva e vontade de servir aos clientes”, disse. 
Segundo Krícia, um funcionário de qualidade precisa entender que a contribuição individual é fundamental para melhorar os processos produtivos.
Com um quadro de integrantes formado por 58% de técnicos e 10% de engenheiros, a Braskem estimula o desenvolvimento de suas equipes.
“Entendemos que a educação é fundamental para o desenvolvimento dos nossos integrantes. Nossos líderes têm a função de estimular suas equipes. Além disso, há programas internos de treinamento e gestão do conhecimento”, revelou.

Fonte: Correio

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