Setores estruturantes da economia baiana estão entre os painéis de avaliação de oportunidades para o estado
Empresas de grande porte responsáveis pelos maiores investimentos na
Bahia aliam-se às ações governamentais para atração de novos
empreendimentos no estado.
Os programas de incentivo à cadeia de
plásticos da Braskem e a consolidação da indústria naval no estado, com
a construção do estaleiro do grupo Enseada na região do Recôncavo, são
alguns dos exemplos a ser tratados, esta semana nos painéis do II Fórum
de Oportunidades de Investimentos na Bahia.
O evento será realizado, nas próximas
quinta e sexta-feiras, no auditório da Federação das Indústrias do
Estado da Bahia (Fieb), em Salvador. A entidade e o Lide - Grupo de
Líderes Empresariais promovem o fórum, com o apoio do Grupo A TARDE.
Os setores estruturantes da economia
baiana, a exemplo de termoplásticos e de produção naval, e
consequentemente de óleo e gás, estão entre os painéis de avaliação de
oportunidades para o estado.
Negócios em cadeia - Ao
focar suas atividades no fornecimento de produtos e equipamentos
essenciais para a dinâmica da economia, as principais empresas do setor
ganham papel fundamental na geração de novas oportunidades de negócios.
No caso da Braskem, por exemplo, como
maior produtora de resinas termoplásticas da América Latina, a empresa
produz também, no Polo de Camaçari, os insumos básicos para toda a
cadeia produtiva da indústria química. Ao atrair para a Bahia empresas
que possam utilizar esses insumos, a Braskem não só aumenta os
negócios da empresa como contribui para o desenvolvimento do estado.
As fábricas interessadas nas
matérias-primas fornecidas pela empresa geram negócios, empregos,
recolhem tributos e exportam. "Queremos estimular as inovações, o
crescimento do mercado brasileiro e agregar valor à pauta de exportações
brasileira com o incentivo às exportações de transformados plásticos",
afirma Emmanuel Lacerda, gerente de relações institucionais da Braskem.
O executivo está animado com o evento.
"Iremos debater ações de incentivo ao desenvolvimento da cadeia
termoplástica, com o objetivo de contribuir para o aumento da
competitividade do setor, através do apoio e trabalho em parceria junto
aos nossos clientes", completou Lacerda. A empresa instituiu o Programa
de Incentivo à Cadeia (PIC), especificamente para ações nessa área.
Sondas para pré-sal - Já
o estaleiro da Enseada Indústria Naval, orçado em R$ 2,6 bilhões -
considerado um dos maiores investimentos privados já realizados no
estado nos últimos dez anos -, vai construir navios, tipo sonda, usados
pelas empresas de exploração de petróleo e gás. O equipamento torna-se
um atrativo para a cadeia da indústria naval, inclusive de empresas
produtoras de peças, criando, paralelamente, condições para estimular o
setor de exploração de petróleo.
"Começamos a fabricar as sondas de
perfuração que vão operar na camada do pré-sal, fruto de uma carteira já
contratada pela empresa Sete Brasil", afirmou Humberto Rangel, diretor
de relações institucionais e de sustentabilidade da Enseada. O executivo
é coordenador de painel do evento que vai tratar do tema. "Atualmente
geramos oportunidades numa região que tem tradição na construção naval",
frisa.
No fórum do Lide e Fieb, as empresas
participantes também terão a chance de avaliar as possibilidades de
negócios entre elas. "Será, sem dúvida, um dos maiores eventos de
negócios já promovidos na história da Bahia", afirma Hamilton Agle,
coordenador da Feira de Negócios prevista na programação.
Fonte: A Tarde
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