segunda-feira, 21 de março de 2011

Salvador, a cidade da Copa

Texto de
Armando Avena
Escritor, economista e diretor do portal Bahia Econômica, é membro da Academia de Letras da Bahia
armandoavena@uol.com.br

A comunidade baiana precisa se unir e lutar para que Salvador seja a sede da abertura da Copa do Mundo de 2014. O governo do Estado e a Prefeitura de Salvador estão empenhados para que isso aconteça, mas é preciso o apoio da população para vencer a força política e econômica de São Paulo. Salvador tem possibilidades de sediar a Copa, não apenas porque é o símbolo cultural do Brasil, sua primeira capital e tem experiência em grandes eventos, mas também porque está com a construção de um dos mais modernos estádios do País bem adiantada, enquanto São Paulo sequer possui um projeto de estádio.

Nossa cidade tem, é verdade, deficiências urbanas e sociais sérias, mas São Paulo também as tem, e muito mais difíceis de resolver. E todas as deficiências da capital baiana podem ser sanadas se o governo federal decidir investir aqui. O melhor é que esses investimentos, embora feitos na intenção da Copa, permanecerão beneficiando todos os baianos.

Sediar a abertura da Copa significa atrair para a cidade os olhos do mundo inteiro, e o impacto disso na economia  e na vida da cidade será monumental. Basta tomar o exemplo de Barcelona, uma cidade quase decadente e que renasceu apôs sediar uma Olimpíada.

Sediar a abertura da Copa significa que o governo federal será obrigado a investir macicamente em nossa cidade, e isso é tudo que os baianos precisam. Investimentos em transporte de massa, ampliação do aeroporto, melhorias na rede urbana, tudo isso se fará se houver a decisão política de que a cidade da Bahia vai fazer a festa de abertura. E, se isso acontecer, os céus de Salvador estarão abertos aos voos diretos de todas as partes do mundo, tornando nossa capital uma cidade do turismo mundial. E, se isso acontecer, teremos enorme incremento no emprego e na renda da cidade gerados pela montagem da festa de abertura e pelas obras que serão tocadas durante quatro anos.

Alguns afirmam que a cidade tem uma rede hoteleira pequena e esquecem que essa rede se multiplicará rapidamente se a cidade for escolhida. E não cabe o argumento de que Salvador não tem infraestrutura para sediar o evento, pois, se for escolhida para isso, a infraestrutura será viabilizada.

Por isso, o governador Jaques Wagner precisa usar todo o seu prestígio com a presidente da República; por isso, o Ministério das Cidades precisa garantir os recursos necessários para tal empreitada; por isso, políticos, empresários, a imprensa e a sociedade em geral precisam se unir e mostrar que Salvador tem o direito e as condições para fazer a festa de abertura da Copa do Mundo de 2014.

Um comentário:

Amauri Teixeira disse...

Consideramos de vital importância para a economia baiana, para o incremento do turismo e ,sobretudo, para melhorar a infra-estrutura das cidades baianas envolvidas, especialmente Salvador, principalmente no que diz respeito a mobilidade urbana e a redefinição do modal transporte , que não pode ser estruturado de acordo com o interesse do empresários de transporte , mas de acordo com os interesses da maioria da população, a realização das copas do mundo e das confederarias na Bahia , mas brigar pata que a abertura da copa seja na Bahia , o Estado que além de todos atrativos , possui tradição e acumulo de fazer, como nenhum estado tem , grandes festas, grandes eventos de massa e tem também de fazer grandes espetáculos desportivos, por isso entrei no dia 14/02 com requerimento ao ministro do esporte para que a abertura da copa seja realizada na Bahia. Esse pleito deve ser de lideranças políticas da Bahia , de todos baianos. Dep Amauri Teixeira