quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Foto ilustrada de Angra 3.
[ 11/08/2010 ]

EPE e Eletrobras Eletronuclear vão estudar áreas que poderão receber novas usinas nucleares
EPE e Eletrobras Eletronuclear vão estudar áreas que poderão receber novas usinas nucleares
A Empresa de Pesquisa Energética – EPE e a Eletrobras Eletronuclear assinaram nesta quarta-feira (11), no Rio de Janeiro, Acordo de Cooperação Técnica para o desenvolvimento de estudos preliminares de seleção de sítios para a instalação de usinas nucleares de geração de energia elétrica.

O trabalho complementará um primeiro estudo de seleção de áreas feito pela Eletrobras Eletronuclear, exclusivamente na região Nordeste. Os levantamentos estarão centrados em áreas que poderão receber as novas usinas nucleares nas regiões Sudeste, Sul e parte do Centro-Oeste. Os estados pesquisados serão Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso do Sul.

Outras unidades da federação poderão ser abarcadas no estudo, mediante aditivo contratual.
A assinatura do Acordo de Cooperação Técnica contou com as presenças dos presidentes da EPE, Mauricio Tolmasquim; e da Eletrobras Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva.

Participaram ainda da cerimônia de assinatura o diretor de Estudos Econômico-Energéticos e Ambientais da EPE, Amilcar Guerreiro; e os diretores da Eletrobras Eletronuclear: Luiz Soares (Técnico), Persio Jordani (Planejamento, Gestão e Meio Ambiente) e Edno Negrini (Administração e Finanças).

Segundo Mauricio Tolmasquim, a parceria com a Eletrobras Eletronuclear será muito importante para a execução dos estudos de planejamento da EPE relacionados à expansão da geração nuclear no país. “Devido à expertise no que se refere às questões ligadas à energia nuclear, a Eletrobras Eletronuclear muito auxiliará a elaboração dos estudos de planejamento energético da EPE”, disse ele.

Já Othon Luiz ressaltou a importância do planejamento de longo prazo, requisito para a construção de usinas, estar diretamente ligado ao planejamento do país.

Os estudos utilizarão preferencialmente bases de dados públicas de fácil obtenção, entre as quais as do Ministério do Meio Ambiente, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE , da Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel, da Agência Nacional de Águas – ANA, entre outras.

Como complementação dos dados básicos, serão adquiridas pela EPE imagens detalhadas dos sítios a serem escolhidos. Caberão à EPE e à Eletrobras Eletronuclear compartilhar informações e dados que sejam do interesse dos estudos, além de identificar e selecionar métodos, critérios e modelos aplicáveis à pesquisa.

O valor total do Acordo é de pouco mais de R$ 3,3 milhões, sendo que a participação estimada da EPE na execução dos trabalhos é de até R$ 1,280 milhão. O prazo de vigência do Acordo é de 24 meses, podendo ser prorrogado.

A necessidade de expansão do parque de geração nuclear brasileiro nas próximas décadas foi apontada em 2007 no Plano Nacional de Energia – PNE 2030, estudo de longo prazo do Governo Federal para a área energética elaborado pela EPE.

Além de Angra 3 – cuja construção foi retomada no final do ano passado – identificou-se a necessidade de mais quatro usinas até 2030, com potência instalada de 1.000 MW cada.

Fonte:Eletronuclear

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